O ano de 2016 começou mal para o Grêmio. Participou pifiamente do campeonato gaúcho, alegando estar priorizando a Copa Libertadores da América. O “ruralito” foi de altos e baixos, com times mistos ou reservas sendo colocados em campo e, eventualmente, os titulares. Não se consegue mobilizar jogadores desta forma. Isso já foi comprovado em outros clubes que “priorizaram” competições e não chegaram a lugar nenhum. Deu a lógica: Grêmio eliminado pelo Juventude, na semifinal, dentro da Arena, depois de perder o primeiro jogo. Os gremistas tinham esse ruralito como o mais fácil de ser conquistado das últimas décadas. O Inter venceu o Juventude na final e foi hexacampeão. E o Grêmio na Libertadores, tentando, sem ataque, fazer alguma coisa. Não fez! Levou lambada do Rosário Central. Deu a lógica, novamente: foi eliminado da Libertadores da América nas oitavas de final.

O ano do Penta! II
E iniciou o Brasileirão. Grêmio e Inter apresentavam expectativas diferentes para a competição. O Inter, flamante hexa campeão gaúcho era tido, novamente, como “favorito ao título”. Chegou até a liderar o certame. Já o Grêmio, como sempre, era qualificado como um dos que “iria tentar fugir do rebaixamento”. Quem acompanha o futebol de perto sabe que foi exatamente isso. Porém, com o desenrolar dos jogos, as coisas foram se modificando. Por algumas rodadas, o Grêmio chegou a ser cogitado como campeão. Mas, os gremistas mais atentos sabiam que, sem ataque, seria dificílimo. Já o Inter começou a apresentar problemas. Substituíram o Argel por Falcão e queimaram o ídolo depois de cinco jogos. Veio o Celso Roth. Nada pode fazer, pois o problema não era o técnico. Era o time!

O ano do Penta! III
Com o Grêmio no meio da tabela, sem maiores perspectivas, restava a Copa do Brasil. E afirmei em diversas redes sociais que o Grêmio deveria concentrar forças na Copa do Brasil porque o Brasileirão era inviável. Depois de passar pelo Atlético-PR com as calças na mão, o Grêmio surgiu como virtual campeão. E o Inter, que cambaleava no Brasileirão, pegou uma barbadinha, o Fortaleza e passou. Veio o Santos e passou novamente, com time misto. O Grêmio superava o Palmeiras e o Cruzeiro, credenciando-se para a grande final. O Inter morreu pelo Atlético-MG, o outro finalista. Jogando muita bola, o Grêmio conquistou o PENTA da Copa do Brasil. Estava encerrado um período de vacas magras.

O ano da série B!
E o Inter tentava, de todas as formas, sair da zona de rebaixamento do Brasileirão. Promoções de ingressos, vantagens, tudo o que poderia ser feito foi feito pela direção. Mas, o time em campo, ruim, que já havia vencido jogos com erros brutais de arbitragens, continuava a não apresentar os resultados necessários. O presidente convocou a “força-tarefa” do Inter, a mesma que executou a “Operação Paysandu” em 2002. O Inter já namorava a série B desde 1990, quando, milagrosamente, venceu o Corinthians, campeão brasileiro, e escapou no último jogo. Em 1999 a história se repetiu no jogo contra o Palmeiras, com gol do Dunga, atrás da barreira. Em 2002 foi emblemático! O time era ruim como o do Grêmio de 2004 e deveria ter sido rebaixado. Venceu o Paysandu num jogo para lá de polêmico. Pois em 2016 aconteceu aquilo que até o mais pessimista dos colorados sequer imaginava: O REBAIXAMENTO do Inter para a série B. O ano terminou da pior maneira possível para os colorados. Rebaixados e o Grêmio PENTA da Copa do Brasil. A flauta dos “15 anos sem títulos” ruiu e “time grande não cai” foi para o brejo. O futebol não é maravilhoso? Para mim, sim! O ano foi ótimo, futebolisticamente falando!