A continuação das pesquisas que tem o objetivo de avaliar se a hidroxicloroquina pode reduzir os números de hospitalizações, bem como a diminuição de complicações respiratórios em pacientes infectados pela Covid-19 seguem no Instituto Tacchini de Pesquisa em Saúde. Pelo menos mais seis pacientes integraram a quinta etapa do estudo Colizão Covid Brasil. Os números e resultados da segunda e terceira etapas da pesquisa já estão com os institutos idealizadores da proposta e devem ser divulgados em breve.

De acordo com o Tacchini, dos novos pacientes que integram os experimentos, quatro foram encaminhados pelo Pronto Socorro da instituição e dois pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bento Gonçalves. Além do complexo da Capital do Vinho, o Hospital São Roque, de Carlos Barbosa também está habilitado para o encaminhamento de pacientes no estudo.

Os participantes da etapa chamada “Coalizão V” serão monitorados após receberam a hidroxicloroquina em forma de remédio ou placebo (fármaco, terapia ou procedimento inerte, que apresenta, no entanto, efeitos terapêuticos devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente de que ele está a ser tratado).

A coordenação dos trabalhos fica a cargo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e os testes serão aplicados em 1,3 mil pacientes ambulatoriais em 35 centros de saúde do Brasil, incluindo o Hospital Tacchini. A expectativa é de que os primeiros resultados sejam publicados em 60 dias.

Estudos Coalizão I e II já tem resultados

As primeiras etapas da pesquisa nacional, coordenadas pelo HCor e Hospital Albert Einstein monitoraram 25 pacientes dos hospitais Tacchini e São Roque. O Coalizão I envolveu 18 pacientes de menor gravidade, positivados com a Covid-19 e internados nas instituições. O segundo estudo envolveu a administração da hidroxicloroquina em casos mais graves, que necessitavam de maior suporte respiratório. Nesta etapa, sete pacientes participaram, com o objetivo de verificar se a azitromicina tem efeito benéfico adicional.

Extraoficialmente, os médicos que monitoraram os estudos não tiveram uma impressão conclusiva do real benefício do uso do medicamento em fazer com que os quadros de saúde dos pacientes evoluíssem de forma mais leve, diminuindo o tempo de internação ou apresentando algum tipo de agravamento. No entanto, somente após a divulgação oficial dos estudos, será possível analisar detalhadamente as informações colhidas no período de análise.

Foto: Alexandre Brusamarello / Hospital Tacchini