A casa de repouso tem investido no conforto e conta com ajuda do poder público e comunidade para proporcionar o máximo de bem-estar e apoio em momentos como a pandemia, em que a solidão da falta de convívio familiar reduz a qualidade de vida

Em período de retorno dos casos de coronavírus, volta-se a pensar nos cuidados necessários para proteger os idosos. Com familiares vivendo em casas de repouso, a preocupação da família em se fazer presente na vida de quem precisa e, ao mesmo tempo, evitar contatos desnecessários para proteger aqueles que têm a saúde mais fragilizada, é intensa. Além disso, há quase dois anos, visitas de voluntários também estão suspensas, o que muda a realidade dos lares.

No Lar do Ancião, localizado no bairro Pradel, em Bento Gonçalves, por orientação da médica responsável pelos idosos, as visitas estão vetadas. Esse é um dos motivos pelo qual as doações para o local reduziram significativamente. “Estamos incentivando muito a Campanha dos Mil Amigos, onde a pessoa pagando a partir de 25 reais por mês pode ser um amigo do Lar. Ela está sendo muito bem conduzida e está ajudando bastante”, conta o presidente da entidade, José Foresti.

Além disso, o que tem auxiliado no sustento financeiro da casa é a prefeitura de Bento que, segundo Foresti, chega a colaborar com R$ 20 mil. “Também temos conseguido alguns recursos com emendas parlamentares. Estamos buscando através de vários projetos e com o Fundo do Idoso, da Secretaria de Saúde. Hoje, graças a Deus, com a colaboração dessas entidades e da comunidade, a gente está conseguindo manter o Lar,”, destaca.

Na gestão atual, há uma série de projetos concluídos e a serem desenvolvidos. “Conseguimos concluir a instalação da energia fotovoltaica, que nos dá uma economia de 70 a 80%, que foi uma doação do Rotary Club Planalto. Tivemos a câmara fria e de resfriamento, uma doação da empresa Cinex, através do César Cini, e agora, estamos desenvolvendo outro projeto, que é a academia. Ela só não está pronta por causa da pandemia, porque o pessoal está limitado de entrar para trabalhar”, relata.

Para o futuro, os planos são manter a qualidade de vida dos moradores da casa de repouso. Para Foresti, não adianta a gente pensar em projetos materiais e deixar de lado os idosos. “Sempre em primeiro lugar está a dignidade, o respeito e o acolhimento, porque a política do idoso no Brasil está deixando a desejar, então temos que arregaçar as mangas e fazer isso com a comunidade. Os bento-gonçalvenses estão sendo muito solidários quando se trata do Lar do Ancião”, assegura Foresti.

Um ambiente com mais conforto é um dos focos principais, com uma série de melhorias a serem executadas. “Por exemplo, aquecimento da água e dos ambientes, um lugar mais favorável, principalmente no inverno. Queremos botar uma calefação que seja eficiente para que os vovôs não sofram com o choque de temperatura. Nós também temos os pisos que precisam ser substituídos, já tem mais de 30 anos que estão lá”, salienta.

Outro objetivo é treinar o material humano para que se torne parte da família dentro do Lar. “Os idosos estão sentindo a carência das visitas dos familiares, das comunidades. Estamos fazendo com que toda a equipe que trabalha na parte interna, fisioterapeuta, enfermeira, auxiliar de enfermagem, cozinheira, o pessoal da limpeza, incentivando essas pessoas a conviver mais com eles, para não se sentirem isolados, em um ambiente sem perspectiva”, realça.

Cuidados em momentos difíceis

Para proteção de todos os que vivem no Lar do Ancião contra a Covid-19, há regras rigorosas. “Estamos usando todos os protocolos possíveis. Se nós liberarmos para a comunidade, é um entra e sai de pessoas e daqui a pouco tem contaminação e pode prejudicar muito os vovôs, eles são sensíveis. Hoje temos 100% todos vacinados e não temos baixas do último ano para cá por Covid. Mas a gente tem que adotar sérios critérios, sempre olhar o bem deles, é a nossa prioridade”, frisa.

Com as exigências necessárias para a proteção dos idosos, eles estão carentes de afeto. “Alguns deles a médica até libera um familiar, mas só pode ir na janela na parte externa, sem entrar dentro do prédio. Temos que ter um cuidado muito grande para evitar contágio, mas eles sentem a necessidade do convívio social. A gente não está atingindo a plenitude da qualidade de vida porque eles precisam também do contato com as pessoas”, conclui.

Campanha “Eu Sou Daqui” da Giordani será em prol do Lar do Ancião

A campanha “Eu Sou Daqui”, principal ação da Giordani Turismo, está confirmada para 2022. Entre 19 de janeiro e 31 de março, ela garante valor promocional, para moradores de 41 cidades próximas à Bento Gonçalves, em dois dos principais atrativos da região: o passeio de Maria Fumaça – Trem do Vinho e Parque Cultural Epopeia Italiana.

Além de beneficiar os moradores da região com um valor mais acessível às atrações, a empresa vai doar parte do valor arrecadado na venda dos bilhetes ao Lar do Ancião, de Bento Gonçalves. A entidade busca acolher e proporcionar um estilo de vida saudável aos idosos, com lazer, saúde, integração, socialização , segurança, independência e dignidade.

O passeio de Maria Fumaça percorre 23km e passa por três cidades: inicia na Estação de Bento Gonçalves, passa pela Estação histórica na cidade de Garibaldi, e termina em Carlos Barbosa – ou trajeto inverso. Dentro dos vagões são realizadas apresentações artísticas de música italiana e gaúcha. Além de degustação de vinhos, espumante e suco de uva.

Já o Parque Epopéia Italiana proporciona aos visitantes uma verdadeira viagem no tempo ao contar um capítulo importante da história do país: a imigração italiana. A atração conta a história real de um casal de imigrantes que em 1875 saíram de Pedersano, na Itália, e ajudaram a colonizar a região, no interior do Rio Grande do Sul.

Para adquirir o bilhete com a tarifa promocional (R$ 117,00 por passageiro) é necessário apresentar comprovante de residência recente, no momento da compra. Crianças com até 5 anos estão isentas. A compra pode se

Fotos: divulgação