O papa Francisco disse nesta terça-feira, 16, durante o seu primeiro compromisso oficial na visita ao Chile, que é “justo pedir perdão” e que sente “dor e vergonha” diante do “dano irreparável” causado às crianças vítimas de abusos sexuais. Na sede do Executivo, a Casa de la Moneda, onde se reuniu com a presidente do país, Michelle Bachelet, o pontífice pediu que se escutem os desempregados, os povos originais, os imigrantes, os jovens, os idosos e as crianças.

As palavras do papa foram recebidas com aplauso pelas cerca de 700 pessoas reunidas no pátio do palácio. “Quero me unir a meus irmãos no episcopado, já que é justo pedir perdão e apoiar com todas as forças as vítimas, ao mesmo tempo em que temos que nos empenhar para que não volte a se repetir”, disse.

Na semana passada, porém, igrejas católicas da capital foram alvos de ataques a bomba. Ao menos três locais foram danificados, e a sede da nunciatura apostólica do Chile foi invadida por políticos da oposição, que reclamam contra o uso de dinheiro público para a visita de Francisco ao país. No Peru, onde o papa ficará até o dia 22 de janeiro, haverá uma visita à capital, Lima, e outra à cidade de Trujillo, onde celebrará uma missa para mais de um milhão de fiéis.

Depois do Chile, o papa seguirá para o Peru, onde passará pela capital Lima e por Puerto Maldonado e Trujillo. Autoridades do governo chileno estimam que 500 mil pessoas devem comparecer a uma missa marcada para esta terça-feira em Santiago.