Nascimento de Jesus simboliza a confiança de que dias melhores estão por vir

Na sexta-feira, 25 de dezembro, é celebrado o nascimento de Jesus. O Natal, para os cristãos, trata-se de uma das principais datas comemorativas, ao lado da Páscoa. Neste ano, em virtude da pandemia, muitas coisas tiveram que ser readaptadas, modificadas ou, até mesmo, suspensas. Porém, a data chega para lembrar que, para tudo, há esperança. Entre meio a tantas orações e agradecimentos, o pedido para que tudo ‘volta à normalidade’ está entre os mais desejados, inclusive, nas cartinhas para o ‘bom velhinho’.

De acordo com o padre Ricardo Fontana, pároco do Santuário Santo Antônio, a origem do Natal está na própria palavra, pois significa nascimento. “Então, a cada ano, os cristãos celebram o nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus que se fez homem. O verbo eterno estava desde sempre junto com o Pai e o Espírito Santo. Ele se esvazia de si mesmo, da sua condição de ser Deus e assume a encarnação, isto é, sobre a sombra do Espírito Santo, a virgem Maria, prometida em casamento ao homem José, da descendência de Davi, recebe o alegre anúncio do anjo Gabriel que ela conceberia e daria luz ao filho que se chamaria Jesus, que significa Deus salva”, revela o pároco.

Ele recorda que na passagem de Isaías 7:14, está escrito que ‘uma virgem conceberá e dará luz a um filho que se chamará Emanuel, que significa Deus conosco’. “Chegado o tempo propício, então, Deus envia o anjo Gabriel a uma cidade de Nazaré, a uma virgem chamada Maria e diz: alegra-te cheia de graça, pois encontraste-te graça diante de Deus. Eis que tu conceberás e darás a luz a um filho que se chamará Emanuel, porque as promessas de Deus serão cumpridas em ti, que acreditaste”, pontua.

Fontana também fala que o Natal é a celebração da vinda da encarnação do filho de Deus na humanidade. “Deus se fez humano, assumiu totalmente a nossa condição humana, menos o pecado. Celebrar o natal do senhor significa recordar o aniversariante, que nasceu há 2020 anos atrás”, salienta.

O pároco complementa que a celebração natalina é, acima de tudo, a certeza de que os ensinamentos de Jesus são levados para a posteridade. “Celebrar o Natal é ter a certeza que aquele que era aclamado no antigo testamento como Deus forte, Deus conosco, o Príncipe da Paz, nosso Conselheiro, luz para as nações, se estabeleceu entre nós e veio trazer o amor a toda a humanidade. Celebrar o Natal para nós, hoje, significa encontrarmos o sentido da vida, pois ela se manifestou entre nós e assim a esperança renovou o coração do ser humano”, frisa.

Em um ano tão desafiador, repleto de incertezas e inseguranças, comemorar o Natal é reconstruir a esperança em dias melhores. “Hoje, celebrar o Natal também é tempo de reconstruir a esperança, na certeza de que Deus continua conosco, hoje não mais pela presença de Jesus, o filho de Deus em sua humanidade, mas na presença do seu espírito que habita em nós. Aquele menino que nasceu da Virgem Maria, que também passou pela paixão e morte de cruz e pelo mistério da ressureição disse que o Espírito Santo, dom de Deus, estaria sempre conosco. Então, é esta certeza que nós temos, que o espírito do senhor ressuscitado caminha conosco. Portanto, celebrar o Natal é caminhar neste mundo, às vezes envolto em trevas, cheios de esperança”, esclarece.