Sei muito bem em qual candidato votei para o senado, para deputado federal e para deputado estadual. Os três foram eleitos e agora minha obrigação continua: devo cobrar resultados pois fui um dos responsáveis por tê-los colocado lá.
Muitas pessoas apenas votam e pensam que aí acabam suas obrigações. Esquecem que cada povo tem o governo que merece.
NÃO ME ENTREGO e vou a luta. O voto me comprometeu com o candidato que escolhi e que ele faça direitinho suas obrigações e cumpra as promessas de campanha, se o fizeram.
O Brasil está caindo aos pedaços. O que pode reerguer a economia é a força do trabalho de quem produz, que gera riquezas, empregos e impostos. Todo o cuidado deve ser dedicado para a manutenção do empreendimento produtivo.
Numa de minhas viagens de regresso aos pagos, vindo de Brasília, sentei ao lado de um dos candidatos que ajudei a eleger.
Durante as duas horas de viagem trocamos opiniões que pareciam convergir pois eram temas de cultura geral. Quando entramos na política econômica a conversa desandou.
Reclamei que pouco estava sendo feito para cuidar da dificuldade das empresas e que estas estavam se acabando por fala de atitude política de nossos governantes.
Falei que o tempo estava passando rápido e se algo não fosse feito logo muitas empresas estariam quebrando e num efeito dominó outras também iriam para o buraco.
Quando fiz a pergunta: – “Será que Brasília sabe o que está ocorrendo com as empresas de minha região que já não trabalham na segunda-feira e sexta-feira? Que indústrias estão inadimplentes, desempregando para sobreviver e fechando suas portas? Será que sabem que temos pouco tempo para dar uma resposta política?”
O silêncio foi mortal! Não nos falamos mais até a hora de descer do avião quando ouvi do meu candidato:
– “O tempo da política é outro!”
E me foi dada as costas, sem despedidas. NÃO VOU ME ENTREGAR. Continuarei cobrando.