Em 1975 por ocasião das comemorações do Centenário da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, o Museu Municipal foi instalado, passando a ocupar um espaço cultural que muito merecia.

De peça em peça foi reunindo um acervo que hoje é considerado representativo como instrumento de trabalho, utensílios, objetos de adorno, mobiliário, arte sacra e artesanato, desenvolvidos e utilizados pelos povoadores da região. Este acervo foi formado em sua quase totalidade, por doações espontâneas da comunidade, que desta maneira, expôs sua história nas salas do Museu.

Não são peças únicas ou de grande valor monetário, não pertenceram a ilustres e destacadas figuras de projeção nacional. São peças rústicas, desgastadas pelo tempo, mas que, na sua humildade, reconstituem o dia a dia do imigrante, na sua trajetória e no seu tempo, construindo assim a nossa história. A panela, o moinho, o baú, a enxada, o lampião, o arado, todos plenos do sentido humano, permitem uma aproximação maior com o mundo do imigrante na percepção do que foi a sua relação com o momento histórico da época.

Desta forma, o Museu procura contar as novas gerações a história do trabalho, pois entendemos que só o trabalho constrói a realidade e a história não é senão o fruto do trabalho da humanidade. Por isso, não é coincidência que só existe respeito pelo Patrimônio Histórico quando também existe respeito pelo trabalho do homem.

Já o ARQUIVO HISTÓRICO é a guarda de documentos escritos, sejam eles, de ordem pública ou privada que remontaram a história desde os tempos primórdios da civilização, quando se iniciava o processo da escrita. A possibilidade do esquecimento foi o motivo básico que levou a humanidade a registrar sua memória em forma de sinais que expressassem impressões afetivas, intelectuais, administrativas. Os palácios eram locais onde se avolumava esses registros que tornaram possível uma reconstrução mais verdadeira da história dos povos.

A formação dos museus foi possível graças a pesquisa de arquivos que guardam em seus acervos documentos que dão a credibilidade de sentido probatório do que consta a caminhado de um povo.

Portanto, documentos de natureza pública, formam o acervo de um arquivo capaz de fornecer subsídios para pesquisa e reconstruir as várias áreas da História da nossa cidade e do nosso Município.

Parabenizo todas as pessoas que ajudaram a manter e construir a História do Museu do Imigrante em toda a sua trajetória desde 1975.

Também parabenizo a equipe e colaboradores de hoje, que nesta semana foi divulgado o Plano Museológico, com excelente planejamento cultural dando assim uma atuação na sociedade.

“PARABÉNS A TODOS E… APLAUSOS PARA QUEM MERECE”