O MUSEU HISTÓRICO CASA DO IMIGRANTE tem com finalidade básica a preservação da memória CULTURAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES e abriga a cultura regional da imigração italiana.
Criado pelo Decreto- Lei Nº 566 de 18 de dezembro de 1974 e inaugurado (aberto ao público) em maio de 1975. Abriga aproximadamente 10 mil itens, entre peças, fotografias, documentos de famílias e projetos arquitetônicos. Aproximadamente 90% do acervo é proveniente de doações feitas pela comunidade bento-gonçalvense.
“O espírito de sacrifício que o imigrante vivia foi sua característica de dimensão espiritual. Tomado pelo sentimento de solidão e de saudade, iam junto ao vizinho chorar o mundo perdido. Eram fortemente marcados por uma tradição e iniciaram em torno da religião a construção do mundo cultural da imigração, hoje nosso maior patrimônio.”
ORIGEM DO MUSEU- Colaboração da Profª Ancila Dall’Onder Zat, que nos conta:
Em 1965, o município de Bento Gonçalves, comemorava 75 anos de emancipação política. Nessa ocasião, era diretor do Colégio Estadual Mestre Sta. Bárbata, o Prof. Raimundo Marinho e professores da cadeira de história: Ancila Dall’Onder Zat, Carmen Bertocci Soares, Neuza Shilistining, Ernerto Rissi (Geografia) Neiva Consandier (O.S.P.B.) coordenados pela professora Ancila.
A direção da escola aprovou a ideia desse grupo, de realizar uma exposição histórica com a participação com todos os educandários. O local escolhido para a exposição foi o prédio inacabado da antiga UBE, projeto do arquiteto Oscar Neymaier, hoje escola Bento Gonçalves da Silva.
Como primeiro passo, o grupo foi a presença do prefeito Milton Rosa, que todo material a ser coletado por “doação” viesse a constituir o MUSEU HISTÓRICO de Bento Gonçalves, batalhamos muito na divulgação do evento para a coleta das peças, contamos com o apoio dos vigários das paróquias de Bento Gonçalves e dos distritos.
Com o apoio do diretor da escola e da comunidade “que confiou na seriedade do evento”, foi na realizada com sucesso a exposição alusiva aos 75 anos do município, com a presença das autoridades . Ficou a promessa da sala para a instalação do MUSEU que abrigaria os objetos considerados de “valor para as pessoas e também pra as entidades”…
Enquanto não decidirem o local, o material ficaria na responsabilidade da escola, à espera da prometida sala pelo Sr. Prefeito.
” Outros caminhos me foram destinados, as direções das escolas mudaram e o então diretor da escola entregou o material ao funcionário da prefeitura senhor KOFF. Entre o material ” o livro de Atlas e diversas fotos (hoje desaparecidos???) Quando a Câmara de Vereadores recebeu o pedido de criação e denominação para o MUSEU, caímos no esquecimento, o que não invalida o mérito”.
Até 2010, O MUSEU em sua trajetória representou para o município um destaque de história viva de um povo, recebendo um numero elevado de visitante e que torna conhecido o nosso povo e nossa cultura.
“Reconhecemos o trabalho dos que deram continuidade com amor pela nossa história e cultura, mas considero justo que os idealizadores sejam lembrados pela ideia, pelo esforço e trabalho em prol do MUSEU numa época conturbada”, Profª Ancila, em agosto de 2010
E HOJE… O MUSEU está passando pela fase de restauro. A comunidade que fez a doação das peças esta se questionando?? Onde e como estão sendo cuidadas suas memórias???