Muitas “emoções” pela frente!
A tal de “nova previdência” – que todos os brasileiros de bom senso sabiam ser primordial e a queriam – está próxima de se tornar EMENDA CONSTITUCIONAL. Mas, será mesmo essa que a Câmara dos Deputados aprovou e será sacramentada no Senado Federal? A propaganda oficial do governo Bolsonaro é claríssima: “SERÁ PARA TODOS!”. Será, mesmo? Funcionários públicos municipais, estaduais e federais, além das forças armadas e magistério terão o mesmo tratamento previdenciário para aposentadorias e pensões? Pelo que se constata, muitas “emoções” terá o povo brasileiro tão logo tenha plena noção do que estão fazendo. Quem viver, verá!

Mais Reformas
E enquanto a “reforma PARA TODOS” da previdência está sendo definida, outra entra na pauta do Congresso Nacional. Será a “REFORMA TRIBUTÁRIA”. Esta reforma também oferecerá muitas emoções ao povo brasileiro. O “2º vice-presidente”, Paulo Guedes, “estuda acabar com deduções do Imposto de Renda”, como despesas com saúde e educação. Quanto à promessa de campanha de Bolsonaro – isentar do Imposto de Renda ganhos salariais de até cinco salários mínimos -, Guedes diz que “não há recursos para esse tamanho de isenção”. Mas, tem mais chumbo grosso e quente sendo preparado.

Quem serão os “alvos”?
Se o caro leitor pensa que o “imposto sobre grandes fortunas” está na pauta, erra! Se pensa que aviões, helicópteros, barcos, lanchas, iates e outros pagarão algo semelhante ao IPVA, erra novamente. Essas coisas de ricos (“donos do Brasil”) não têm tributação sequer cogitada, pouco importando se o governo é tido como “comunista”, “socialista” ou “capitalista selvagem”. O que as mentes maquiavélicas, que habitam Brasília e o governo, querem é ressuscitar algo semelhante a CPMF. Sim, aquele monstrengo inventado por fhc que tomava dos otários que tinham conta bancária 0,38% sobre as movimentações.

Fazer o quê?
Ao povão, que tenha ou não votado nesse governo, caberá assistir a tudo silente. Talvez “fazendo arminha”, tipo apoiar, por exemplo. As várias colunas que escrevi ANTES DAS ELEIÇÕES de 2018 estão nos anais do Jornal Semanário. Eu afirmava, então, que pouco importava quem ganhasse as eleições. Qualquer um teria que “comer na mão” dos parlamentares. Bolsonaro abriu os cofres públicos para “atender aos anseios” de deputados e senadores. Foram e serão mais vários bilhões de reais para as “emendas parlamentares”. Em governos anteriores isso era chamado de “compra de votos”. Mudou o quê, mesmo? As “moscas”?

O FGTS
Pois o governo resolveu “incrementar” a economia valendo-se de “medida populista” (dessas tão combatidas até pouco tempo) que é liberar parcialmente o FGTS dos trabalhadores. Sim, claro, num momento de alto desemprego – mais de 12% atual (era 4,3% em dezembro de 2014) – a ideia é um paliativo. Mas, é conveniente que os trabalhadores se informem de tudo o que envolve a retirada dos R$ 500,00 anunciados e as possíveis retiradas anuais, no mês de aniversário. Busque informações com alguém de sua confiança, prezado leitor. Saiba bem quais são as vantagens e desvantagens ANTES de tomar a decisão.

A folha do Estado!
O jornal Correio do Povo, edição desta sexta-feira, dia 9, na página 03, publica a composição dos salários de funcionários ativos do governo do Estado do Rio Grande do Sul. O detalhamento da folha de pagamento apresenta mais de OITENTA E TRÊS VANTAGENS para servidores da ativa, excluídos cargos em comissão e subsídios. A composição apresenta abonos, adicionais, bolsas, complementações, funções gratificadas, gratificações, parcelas, prêmios, representações e substituições. Isso tudo além de triênios, quinquênios e outros benefícios temporais (mesmo tendo estabilidade no emprego). Os dados estão no Portal da Transparência, onde poderão ser acessados.

Enquanto isso…
Enquanto o governo do Estado tenta corrigir distorções nas carreiras do funcionalismo, a Assembleia Legislativa teve alguns deputados como alvo de reportagem da RBS TV, na qual as “despesas de viagens” foram mostradas. Não basta tudo o que já ganham para a “representação”. Ainda conseguem gastar mais, SEM precisar detalhar a razão, para suas viagens.
Aliás, por que será que vereadores, deputados, deputados federais e senadores não divulgam, mensalmente, TODOS os gastos que representam para a população? Seria bom nós sabermos quanto custa termos “tão expressiva representação”, não? Poderíamos avaliar melhor o “custo-benefício” deles.

Últimas

Primeira: Vereador de Porto Alegre afirma que eles, vereadores, representam 100% da população e o prefeito nem metade. Interessante! Somem os votos dos eleitos e veremos QUEM é minoria nessa representação;

Segunda: Interessante! Sempre ouvi dizer que “o Brasil carece de poupança interna”. Pois agora, libera-se o FGTS para ser gasto e “dinamizar a economia”. Quem está certo?

Terceira: Ainda bem que descobriram que o INPE não sabe medir corretamente o desmatamento na Amazônia. Aliás, os defensores da natureza só servem para atrapalhar, não é mesmo? Mas, Bolsonaro os está “enquadrando”. Certo ele, né?

Quarta: E a Associação Ativista Ecológica – AAECO – de Bento Gonçalves que não se saliente muito. Vai que resolvam “enquadrá-la” também…;

Quinta: E por falar em natureza, que “bobagem” a manutenção de árvores nas ruas centrais das cidades! Elas atrapalham empreendimentos. Motosserra nelas! E arrancar pela raiz, de preferência;

Sexta: Fantástico é o Editorial do Jornal Zero Hora de ontem, dia 9. Quem não acompanha as ações do Bolsonaro não entenderá o texto. Quem acompanha, perceberá nitidamente que ele flerta com um NOVO AI-5;

Sétima: Na verdade, estamos vivendo um tempo em que ou a pessoa aplaude, incondicionalmente, o governo Bolsonaro ou é taxado de “petista”, “comunista” e/ou “socialista”. As ações e palavras destemperadas dele devem ser ignoradas… ou…

Oitava: Resta saber se continuaremos a ter imprensa INDEPENDENTE, jornalistas OPINATIVOS e liberdade de expressão com RESPONSABILIDADE. O que está mudando?

Nona: Como o Grêmio largou totalmente o Brasileiro, a torcida entende que a conquista da Copa do Brasil ou Libertadores é obrigação. O que pensa a torcida do Inter?