Já há algum tempo temos ouvido, visto e lido muito sobre “mudanças” no Brasil. No ano passado, em junho, várias cidades foram agitadas por passeatas e movimentos populares que clamavam por “mudanças” e a palavra de ordem era “vamos mudar o Brasil”. O alvo dessas manifestações eram os políticos, como sempre. E no meio dessa gente toda se infiltrou bandidos – muito até mascarados, para ficar bem claro que eram foras-da-lei – da pior espécie que se valeram no anonimato para promover depredações e vandalismos contra o patrimônio público e privado, não raramente sob o olhar complacente das chamadas “autoridades competentes”. Durou pouco tempo essas manifestações. Mas se esperava que tivessem sido a semente para que as “mudanças” pretendidas viessem de forma pacífica, com as eleições de 2014, já que os alvos prioritários eram políticos. A partir de então as redes sociais se entupiram de difamações, injúrias, calúnias e mentiras direcionadas a políticos e partidos. Muitos protestos contra quem – no entender desses alienados – pretendia “censurar e tolher a liberdade de expressão” se multiplicaram. E nisso tiveram apoio até mesmo de setores da imprensa político-partidária que os induzia a acreditarem numa estupidez dessas. Houve muita seletividade ética, moral e de honestidade escancarada em manifestações nas quais ficava claro que muitos preferem seus próprios corruptos, abominando os de outros partidos. Sim, porque até as árvores de pau-brasil que existiam no Brasil quando Cabral aqui aportou sabiam que corrupção, corruptos e corruptores existem na nossa Pátria Amada desde então, mas há os que protegem os seus corruptos favoritos. E chegou o dia das eleições que iriam “mudar a Brasil”, segundo alguns setores da “imprensa especializada”, bem identificados com coligações partidárias. Abertas as urnas e foi o que se viu. Muitas “moscas” mudaram, sim, mas foram as “moscas” do chamado “baixo clero”. Os políticos de carteirinha, profissionais, aqueles que “dão as cartas e jogam de mão” foram TODOS REELEITOS. Barbalho, Tasso, Serra, Álvaro Dias, Collor, Maluf e outros caciques conhecidíssimos foram recolocados. Nas assembleias legislativas estaduais não foi diferente. Os novatos que entraram, mesmo imbuídos da melhor das boas vontades, como sempre, comerão na mão dos “caciques” de sempre. As negociatas continuaram sendo feitas entre os poderes executivos e legislativos. O tal de “aparelhamento”, expressão usada por opositores para atacar os situacionistas, em qualquer nível de governo, continuará o mesmo e com o mesmo “toma-lá-dá-cá”. Ou alguém, de mediana inteligência, pensa que qualquer partido deixará seus correligionários, companheiros, apoiadores, amigos, etc, de fora para colocar ou deixar opositores em seus cargos e ou funções? Resumo de tudo: mudarão algumas “moscas” apenas, mas a “m” continuará a mesma. E pode piorar muito. Quem viver, verá!