E ele mostrou. Foi no dia dez de abril, em rede mundial. Um gigante esganado que reside na longínqua galáxia M87, com uma bocarra de 40 bilhões de quilômetros de diâmetro, que come tudo o que encontra à sua volta, seja matéria ou luz.

Einstein já sabia disso, mas há gente que só acredita vendo, inclusive eu. Pois então, agora temos a imagem virtual, captada através dos radiotelescópios espalhados pelo Planeta, desse monstrengo chamado Buraco Negro.
Ele foi descrito como uma espécie de “bola de futebol gigantesca” engolidora de astros e estrelas, que está a bilhões de anos-luz da bolinha de tênis em que vivemos. Mas com esse apetite voraz – é capaz de engolir um sol a cada dois dias – dá um medinho… Haja massa (canelone, regatoni, tortelloni…) no Universo para saciar tamanha fome!
Felizmente o sol da nossa galáxia se encontra a uma distância razoável do glutão, o que significa que nosso futuro próximo não corre riscos, ao menos vindos de fora. Já temos problemas suficientes por aqui mesmo.

Por outro lado, o astro rei está envelhecendo e logo mais – daqui a cinco bilhões de anos – vai ficar sem combustível nuclear, sofrer um colapso e explodir. Aí “adiós, pampa mia”!

Mas se, por milagre, sobrevivermos a essa hecatombe, não escaparemos do olho mágico do buraco negro, sempre atento às mudanças do Universo. De repente, ele aciona seu aspirador colossal que nos sugará, nos amassará e nos enviará ao centro do seu tubo digestivo. E a gente vai virar aquilo que sempre fomos: energia. (Pensaram noutra coisa?).

Por falar nisso, o buraco negro também arrota e tem flatulência, ou seja, expele gases. Considerando esta sua característica, se num desses banquetes siderais, ele comer além da conta, poderá sofrer tamanha indigestão que só vai aliviar soltando gases. E se esses puns medonhos chegarem à Terra, seremos varridos pra baixo do tapete.

Então, enquanto nosso Planeta estiver fora da rota dessas massas compactas gravitacionais, vamos cuidar para que ele não sofra uma síncope e morra prematuramente devido às catástrofes engatilhadas pela irresponsabilidade humana.