Um estudo divulgado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária apontou que o número de mortes de crianças de até quatro anos em acidentes de trânsito cresceu 66% nos últimos dez anos no Brasil. Ainda segundo o documento, a principal causa da alta é a falta do uso correto da cadeirinha, obrigatória por lei em todo o território nacional desde 2010. Além disso, também indica o crescimento desproporcional da frota. Enquanto os veículos em circulação cresceram 125%, a população aumentou 12% no período analisado.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal de Bento Gonçalves, é preciso que os condutores obedeçam a resolução número 277 de 2008 do Conselho Nacional de Trânsito, que dispõe sobre o assunto. Segundo a PRF, o assento é para crianças de até sete anos e meio. No entanto, as variações e a sistematização conforme a idade foi pensada para o desenvolvimento e crescimento da criança.

Por isso, os pequenos tendem a ficar mais confortáveis no dispositivo que é concebido para a sua idade. É preciso verificar, ainda, a estatura da criança. Caso não fique desconfortável, como com o cinto de segurança pressionando demais o pescoço, o risco de óbitos diminuem.

De acordo com números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma criança perde a vida prematuramente no trânsito a cada quatro minutos no mundo, além de outras centenas que ficam feridas – muitas delas com gravidade. Por conta disso, a entidade divulgou um estudo com dez estratégias para garantir a segurança das crianças no trânsito. Entre elas, está a utilização de mecanismos de retenção para crianças nos veículos, como as cadeirinhas.
A OMS alerta, ainda, para os riscos do trânsito para outras faixas etárias. As lesões causadas pelo trânsito lideram as causas de óbitos entre jovens de 15 a 17 anos. Já na faixa etária de 10 a 14 anos, é a terceira causa de mortes.