Continua a paralisação de caminhoneiros nas rodovias federais e estaduais do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 25. Mesmo com o acordo fechado entre o Governo Federal e a categoria de trabalhadores, as manifestações devem seguir ao longo do dia. Desde ontem, postos de combustíveis de Bento Gonçalves e região estão sem combustível, o que afeta outros serviços, tais como, o transporte coletivo.

Na BR-470 em Garibaldi, os motoristas continuam parados e realizando a manifestação que teve início na segunda-feira, 21. Veranópolis, Vila Flores e Nova Prata também seguem com os pontos de manifestação.

Manifestação segue na BR-470 em Garibaldi.Caminhoneiros seguem paralisados em diversas rodovias do estado.

Publicado por Jornal Semanário em Sexta-feira, 25 de maio de 2018

Na noite de quinta-feira, 24, houve a sacramentação de um acordo entre o governo e representantes dos caminhoneiros, que definiram suspender a paralisação por 15 dias. Em troca, a Petrobras mantém a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias, enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. A Petrobras mantém o compromisso de custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.

Tratores iniciam carreata na BR-470 em Garibaldi:

Publicado por Jornal Semanário em Sexta-feira, 25 de maio de 2018

Além da redução no valor do diesel, uma lista com 12 pontos foi acordada entre as partes:

–  Preço do diesel será reduzido em 10% nas refinarias e ficará fixo por 30 dias. Nesse período, o valor referência será de R$ 2,10 nas refinarias. Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em R$ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação à petrolífera.

– A cada 30 dias, o preço do diesel na refinaria será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.

– A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai contratar caminhoneiros autônomos para atender até 30% da demanda de frete. O governo editará uma medida provisória no prazo de 15 dias.

– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas

– Tabela de frete será reeditada em 1º de junho e, a partir daí, ajustada a cada três meses pela ANTT

– Alíquota da Cide será zerada em 2018 sobre o diesel

– Isenção do pedágio para caminhões que circulam vazios (eixo suspenso)

– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas

– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas com órgãos de trânsito

– Entidades e governo terão reuniões periódicas a cada 15 dias

– Petrobras irá incentivar que empresas contratadas para transporte dêem oportunidade aos caminhoneiros autônomos, como terceirizados, nas operações de transporte de cargo

– Solicitar à Petrobras que seja observada resolução da ANTT 420, de 2004, sobre renovação da frota nas contratações de transporte rodoviário de carga .