A crença de que você deve se exercitar no mínimo 30 minutos por dia com afinco talvez esteja acabando com o seu ânimo para se mexer. E tem pesquisa séria – da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos – apontando esse problema… e trazendo uma solução.

O estudo contou com 40 mulheres entre 22 e 49 anos. Dessas, 29 foram consideradas inativas (faziam menos de 120 minutos de ginástica por semana), e 22, como ativas. Todas responderam a questionários que incluíam perguntas sobre o que trazia felicidade e sucesso em suas vidas e também sobre suas atitudes e crenças a respeito do desempenho físico.

Os cientistas notaram que as noções sobre sucesso e felicidade eram parecidas entre a turma ativa e a sedentária. As respostas geralmente incluíam passar tempo com a família e amigos, ajudar outras pessoas, sentir-se relaxada e livre de pressão durante o tempo de lazer e cumprir metas. Até aí, nenhuma novidade.
O que surpreendeu os estudiosos é que os grupos tinham percepções tremendamente diferentes sobre exercícios físicos. Por exemplo: as voluntárias que passavam mais tempo no sofá acreditavam que qualquer prática, para ser considerada um “exercício físico”, deveria ser intensa – o que contradiria o desejo de relaxar no tempo livre.

As mesmas mulheres também se sentiam pressionadas a mexer o corpo para emagrecer e manter a saúde. E essa sobrecarga emocional não condiz com o propósito de escapar da tensão durante o lazer.

Tudo isso, segundo os pesquisadores, cria uma relação ruim com a atividade física e impede que essas pessoas alcancem seus objetivos. Mais: ao não cumprir determinada meta com relação aos exercícios, elas ficam para baixo por terem fracassado. Aí vem o raciocínio de que é melhor simplesmente parar de tentar.
“Nossa investigação mostra que essa abordagem convencional gera um conflito e mina as experiências que as mulheres têm para si”, explica Michelle Segar, cientista que fez parte da avaliação.

Uma possível solução, como indicam os experts, é se aproximar do universo fitness de uma maneira mais relaxada. As mulheres mais ativas reportaram que não era o fim do mundo pular a sessão de academia vez ou outra. Além disso, essa prática não estava no topo da lista de prioridades das entrevistadas. Exercício não precisa ser uma neura – e sim mais um jeito de se sentir bem consigo mesmo.