Falta de fiscais e máquinas com problema estão entre reclamações de motoristas; empresa alega que umidade prejudica

As queixas dos motoristas que precisam utilizar os parquímetros, em Bento Gonçalves, variam desde a ausência dos fiscais, quando é necessário troco, até o mau funcionamento das máquinas. Alguns deles relataram terem levado multa, mesmo quando não há forma de fazer o pagamento da taxa de estacionamento. A Rek Parking, empresa responsável pelo serviço, alega que os problemas são decorrentes da umidade típica da Serra Gaúcha.
No centro da cidade são 35 parquímetros para muitos carros. Além das dificuldades habituais, os condutores enfrentam a escassez de vagas, o que é a principal reclamação dos motoristas que precisam utilizar o Centro.
De acordo com Fábio Vitório, que estacionava o carro para realizar um serviço, na maioria das vezes os parquímetros não funcionam. “É um roubo, eles querem nos cobrar, nós queremos pagar, mas não tem como”, avalia. Ele afirma ainda que as máquinas geralmente são distantes dos locais onde é possível encontrar vaga.
Cristian Dorneles, de 24 anos, pede para olhar em torno da rua Cândido Costa, onde recém havia estacionado, no sentido Cidade Alta. “Vê se tu enxerga algum parquímetro. Só tem um lá embaixo”, observa. Além disso, não havia qualquer fiscal por perto no momento.
Ele relata que, inclusive, levou uma multa por ter estacionado sem ticket, em uma ocasião em que o parquímetro não funcionava. “A questão do troco também é complicada, mas no fim o cara acaba se virando de um jeito ou de outro”, comenta.
Poucos condutores conseguem estacionar o carro em frente ao parquímetro, como no caso de Vinicius Carvalho, de 35 anos. Ele conta que a distância é o menor problema se considerar o funcionamento das máquinas e a falta de vagas.
De acordo com Carvalho, quando ele mais precisa do serviço, não funciona. “Levei três multas em um ano, por não ter como colocar o ticket. Já aconteceram várias vezes”, relata. Embora seja uma das principais reclamações, o condutor observa que o problema maior ainda é a falta de vagas.
Para Mateus Rasador, de 28 anos, a maioria das vezes que vai ao Centro os parquímetros estão funcionando normalmente, no entanto, ele observa que são poucos e distantes uns dos outros. “Deveria ter mais”, comenta. Além disso, o principal problema para Rasador também é a falta de vagas. “É muito complicado achar estacionamento, está cada vez pior”, afirma.
De acordo com o diretor da Rek Parking, Eder de Souza, no momento há 33 parquímetros em funcionamento no município, sendo que dois estão com problema. “Em um, foi retirado a peça hoje, para trocar, e outro foi removido de uma rua que estão alterando o trânsito, por solicitação da Secretaria de Mobilidade Urbana”, analisa.
Ele explica ainda que os problemas aparecem com frequência quando o tempo está úmido, com chuva, uma vez que os parquímetros funcionam como uma espécie de computador a céu aberto. “aquela umidade faz com que as bobinas de papéis fiquem úmidas, aí elas ficam trancando. Nesses dias de chuva há uma tendência de acontecer, as reclamações são em função disso”, observa.
Quando ocorrem problemas, Souza recomenda que as pessoas afetadas entrem em contato com a empresa, uma vez que os técnicos estão sempre na rua, trabalhando. “Nós temos um projeto, para o ano que vem, para atualizar todas as máquinas”, prevê.

 

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