Levantamento feito e divulgado pelo Procon do município revela diferenças nos valores dos produtos dos estudantes

A compra de material escolar é preocupação constante para os pais no início ano, principalmente em época de crise, onde tudo é colocado na ponta da caneta antes de finalizar a aquisição. Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Bento Gonçalves, aponta para uma diferença nos valores superior a 90% nos produtos escolares. Por isso, como sempre, a pesquisa será fundamental para os pais.

Sete estabelecimentos comerciais de Bento Gonçalves foram consultados pelos fiscais do Procon para a obtenção dos valores. A pesquisa dividiu os produtos em oito segmentos: Cadernos, folhas de ofício, cola de bastão, cola líquida, fitas, borracha e plásticos, canetas e lápis e monobloco. Em cada um deles houve especificações nos quais se encaixavam nos requisitos citados acima, totalizando assim 36 itens.

Três deles superam os 90%. Em primeiro está o apontador plástico com um furo. O produto tem preço mínimo de R$0,30 e máximo R$ 4,00, alcançando assim 92,5% entre os estabelecimentos consultados. O apontador com depósito ao lado da borracha verde comum divide a segunda colocação na lista com 91,11% de diferença entre os estabelecimentos com custo variando de R$0,40 a R$4,50.

A lista dos 10, é completada com transferidor 180º (88,75%), esquadro plástico 21 cm (87,50%) e régua plástica 30cm (85,71%), a fita durex transparente (83,67%), lápis de cor caixa com 12 unidades (82,30%), caderno capa dura com 100 folhas (80,26%) lápis preto número 2 (80%) e cola bastão pequena (79,48%).

Abaixo dos 10% de diferença está o caderno capa flexível com 100 folhas. O item custa entre R$14,00 e R$14,90, variação de 6,04%. Os itens mais baratos são o lápis preto número 2, que custa em média R$0,79, assim como a caneta esferográfica azul, R$1,28.
A mesma pesquisa feita no ano anterior também apresenta diferenças percentuais no preço dos produtos mesmo que se tenha com base os mesmos sete estabelecimentos e não 11 como a divulgada pelo órgão de defesa do consumidor. Além disso, em janeiro de 2018 foram pesquisados 26 itens.

No levantamento do ano passado apenas um produto estava acima de 90%, a régua plástica de 30 cm, que alternava entre R$0,50 a R$5,75, variação de 91,30%. Assim como no cenário atual, apareceram a borracha verde comum, com 86,66 e os dois tipos de apontadores ambos com 84%, na época variando entre R$0,40 e R$2,50, com um furo e R$1,10 e R$7, com depósito.

O custo total dos produtos da última pesquisa também tem diferença. Entre todas as sete lojas, apenas duas apresentaram os 36 itens disponíveis. Em uma delas, os custos dos materiais totalizaram R$286,60. Já na outra, o valor foi de R$264,95, diferença de R$21,25. Vale destaque que as marcas dos produtos podem variar conforme o estabelecimento. Na soma, os produtos mais baratos custariam ao bolso dos pais R$135,45. Enquanto isso, para os mais caros, custariam R$ 345,71.

Dicas do Procon

O órgão de proteção ao consumidor orienta os pais a pesquisarem os preços para não pagar mais caro o material. O Procon ainda alerta que não é permitida a solicitação de marca de material individual a ser comprado pelas escolas, assim como para aqueles que são para uso coletivo como, por exemplo, papel higiênico, álcool, material de escritório, caneta para quadro, entre outros.
Outra dica para os pais é buscar a versão impressa da pesquisa junto à sede do órgão de defesa do consumidor junto a prefeitura ou no site do município.

Foto: Arquivo/Reprodução