Pois é, estamos vivendo a “era do mas…”. Sim, o “mas” é a tônica do momento nos órgãos que, antigamente, eram conhecidos como “meios de informações”. E é bom explicar isso. Digo “antigos meios de informações” porque era assim que eram conhecidos. Quem precisasse de informações as buscava em jornais, revistas, emissoras de rádios e/ou de televisão. Isso tudo mudou nos últimos anos. Atualmente, se alguém que obter informações na sua essência, isentas, verdadeiras, deve procurá-las na chamada “grande imprensa” do exterior. A “grande imprensa” brasileira se transformou em órgãos político-partidários contrários ou a favor dos governos. Escrevi, há mais de uma década, que o Brasil seria dividido entre “APT e DPT”, ou seja, “antes do PT” e “depois do PT”, baseado na cobrança de promessas de campanhas políticas. “Antes” tudo passava batido. “Depois” tudo começou a ser cobrado e com veemência.

Mas… II

E isso pode ser comprovado bastando tirar alguns minutos para ler, ouvir e ver o que e a forma com que transmitem aquilo que querem que chegue ao nosso conhecimento. Colunistas e comentaristas deixaram de ter opinião própria sobre “fatos” e passaram a falar e escrever o que seus patrões determinam. Diante disso, o “mas…” passou a ser obrigatório diante de qualquer “notícia boa” ou que assim pudesse ser interpretada. Dois exemplos: no início de junho o saldo entre importações e exportações brasileiras deixou de ser negativo. Isso foi noticiado com um “mas…” depois, justificado assim: “…mas, as importações caíram em razão da crise brasileira”.

Mas… III

Claro, a “boa notícia” não poderia ir ao ar assim, sem mais nem menos. Para que informar que a soja teve seu preço internacional muito baixo, assim como outras commodities (minério de ferro, por exemplo), reduzindo, assim, o valor das exportações? Em resumo, o que se constata é uma campanha mórbida, intensa querendo superdimensionar qualquer coisa negativa e/ou diminuir de importância o que pode ser considerado “bom”. O objetivo, claro, nítido, insofismável é atacar politicamente o governo. Menos mal que essa estratégia está detonando todos os setores da economia, inclusive os “meios de comunicação político-partidários”. Como o prejuízo, diante disso tudo, é generalizado, essas campanhas do “quanto pior, melhor”, devem acabar antes do que eles previam. O tempo dirá se estou certo ou errado.

O poder de poucos

Tenho sido insistente em afirmar que um congresso nacional pífio elaborou, em 1988, um Constituição Federal bem ao nível dele. Direitos são infinitos para poucos e obrigações para todos, desde que não pertençam à casta privilegiada dos “mais iguais”. Vejam o caso do ministro do STF que, de uma canetada, criou um privilégio que custará ao bolso do povo brasileiro bilhões de reais e, pior, com efeito retroativo e até agora não teve julgamento no Pleno. O presidente da Câmara dos Deputados está dando lições de como afrontar a Constituição. As assembleias legislativas e câmaras de vereadores não hesitam em se auto-atribuir ganhos inimagináveis para o cidadão comum que, ao final, é quem paga a conta. Manifestações contra a corrupção são justificadas. Mas, por que não há manifestações contra esses privilégios todos? O poder de poucos, raros, é ilimitado, mesmo?