Com números negativos em seis dos oito setores pesquisados, Bento Gonçalves teve um dos maiores índices de fechamento de postos de trabalho na Serra Gaúcha, em contraste com outros municípios da região nordeste, que terminaram março com números positivos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O estudo feito pelo Observatório do Trabalho, vinculado à Universidade de Caxias, é publicado todo o mês com base nos dados do (Caged). Neste mês apresenta, no município, o setor que mais demitiu funcionários foi a Indústria de Transformação, que totalizam 677 desligamentos. Para a coordenadora do Observatório do Trabalho, Lodonha Soares, é muito preocupante o resultado apresentado em Bento. “É o setor mais importante para o município, devido a contribuição econômica” aponta. Contudo, ela acredita que é necessário realizar um estudo mais aprofundado, abrir o setor da indústria de transformação, para saber qual ramo teve queda na sua produção, provocando aumento nos desligamentos. Entretanto, a coordenadora do Observatório considera que apesar dos total registrado em Bento, é preciso levar em conta os números do trimestre. “Nos primeiros meses estamos com um resultado positivo, isso é uma grata surpresa. O pensamento dos economistas era de uma retomada no crescimento de vagas somente a partir do segundo semestre”, destaca Lodonha.

Conforme a pesquisa, apenas um campo de serviço mostrou saldo positivo, a Extração Mineral, que abriu cinco vagas no último mês. O resultado é oposto ao registrado no mês de fevereiro, que mostrou rendimento positivo, com a criação de 161 postos de trabalho na Capital do Vinho. Segundo Lodonha, mesmo que o primeiro trimestre tenha sido positivo, deve-se aguardar os próximos meses para falar sobre expectativas futuras. “É preciso acompanhar os números de abril para saber se a tendência é continuar em queda ou retomar o crescimento de emprego”, completa.

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