Durante a terça-feira, 23, uma série de ações estão sendo preparadas para sensibilizar a sociedade sobre a importância do retorno das atividades do setor de turismo em Bento Gonçalves, que está paralisado há quatro semanas, em razão das restrições impostas pelo novo decreto do modelo de Distanciamento Controlado do Governo do RS. Com o slogan “O turismo não é o vilão”, a mobilização ocorre em diversas cidades gaúchas cuja economia está fortemente ligada ao segmento.

Em Bento Gonçalves, foram instalados painéis na entrada da cidade, além de faixas e cartazes em locais de grande movimentação, para mostrar a situação preocupante do setor. Além disso, estabelecimentos da área exibirão panos pretos em suas fachadas, representando o luto decorrente da proibição do atendimento ao público. Profissionais compartilharão, por meio das redes sociais, comoventes depoimentos contando as consequências que o estendido período de paralisação/restrição impôs aos seus negócios.

De acordo com a presidente do Bento Convention Bureau de Bento Gonçalves, Gabrielle Signor Rodrigues, o objetivo é pressionar o governo estadual para adoção de medidas mais brandas que possibilitem a retomada dos serviços no setor. “O Turismo vem buscando diálogo com o Governo estadual há doze meses por meio do Comitê de Retomada do Turismo do Rio Grande do Sul, que reúne mais de 90 entidades do trade, sem sucesso. Não conseguimos uma única audiência com o Governador nesse período para negociar nossos pleitos, que por inúmeras vezes foram encaminhados, mas sem qualquer retorno. É urgente chamar a atenção do governo do Estado para o setor, afinal, ele abrange 109 mil empresas no Rio Grande do Sul que estão passando por seríssimas dificuldades, ressalta.

Entenda a manifestação

A campanha ‘O turismo não é o vilão’ é uma iniciativa de empresários e comerciantes do trade turístico do Rio Grande do Sul que ocorre nesta terça-feira, 23, com manifestações contra as medidas restritivas do Governo do Estado. O protesto será pacifico e ocorrerá, em Bento Gonçalves, com ações que não impliquem em aglomerações de pessoas, ou seja, por meio de atos simbólicos e compartilhamento de depoimentos e registros pelas redes sociais e órgãos de imprensa.