O velho ditado inglês que diz que comer uma maçã por dia mantém o médico longe parece ser realmente verdade – ao menos é o que diz um estudo publicado no periódico British Medical Journalnesta semana. Pesquisadores da Universidade de Oxford estudaram os efeitos preventivos da estatina – droga que combate o mau colesterol – comparados aos efeitos do consumo da maçã.
Num mapeamento com pacientes atendidos pelo sistema de saúde público, tanto o medicamento como a maçã foram capazes de reduzir a mortalidade decorrente de doenças cardiovasculares ou acidente vascular cerebral (AVC). A estatina previniu 9.400 mortes, enquanto a maçã conseguiu evitar 8.500 casos fatais por ano.
Segundo o estudo, a vantagem em adotar a maçã como prevenção é que a fruta não carrega os efeitos colaterais da estatina, que envolvem miopatia (fraqueza muscular) e o surgimento do diabetes, além de outras reações adversas.
Apesar dos benefícios da fruta, os cientistas se preocupam com o acesso da população britânica às maçãs frescas. Por lá, a fruta é mais cara do que as estatinas e a maioria da população não consome as porções recomendadas.
Um problema que inexiste no Brasil, explica a nutróloga Ana Luisa Vilela Barbosa, membro da Sociedade Brasileira de Nutrologia. “Aqui a maçã é barata e de fácil acesso. Você encontra em qualquer lugar”.
Ana explica que os antioxidantes presentes na maçã ajudam a diminuir a oxidação do LDL, o colesterol ruim. Além disso, a fruta também traz outros benefícios. “A maçã é rica em fibras, é considerada até um limpador natural de dentes, pois ela impede a proliferação de cáries e tem poder antibacteriano, além de ter baixa caloria e baixo índice glicêmico”, explica.
A fibra da maçã também é considerada benéfica. “A pectina ajuda na diminuição do colesterol”, explica a nutróloga. Isso além dos antioxidantes que contribuem na prevenção de várias doenças, inclusive o câncer, e das vitaminas, sais minerais e ferro encontrados nela. É melhor consumir com a casca, pois é onde se concentram bastantes nutrientes”, complementa.

Fonte: saude.ig.com.br