Com 75 mil veículos em circulação, Bento Gonçalves vem se tornando cada vez mais congestionada. Em horários de pico, o trânsito fica praticamente parado nas principais ruas de ligação do município. A prefeitura, através da Secretaria de Gestão e Mobilidade Urbana, fez um levantamento e definiu quais os pontos de maior conflito na cidade e aponta soluções paliativas para tentar minimizar o problema.

De acordo com o secretário adjunto da pasta, Vanderlei Alves Mesquita, a cidade cresceu sem planejamento e sem um plano diretor apropriado. Esse fato pode ser apontado como a causa para a maioria dos problemas relacionados ao trânsito no município. Mas o grande número de veículos, somado à falta de educação dos motoristas, também contribui para os congestionamentos nos horários de pico.

Em abril, 75,8 mil veículos foram registrados no município pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O número, se dividido entre toda a população, resulta em um carro a cada 1,5 habitante da cidade, ou seja, dois carros a cada três pessoas. Entretanto, se forem excluídos os jovens menores de 18 anos e os idosos com mais de 95 anos, a média fica em um carro por pessoa.

“A verdade é que precisamos resolver um problema de cem anos sem planejamento. A cidade cresceu totalmente desorganizada”, diz Mesquita. “O maior exemplo foi o solar dos Mônaco (localizado na Rua Saldanha Marinho), onde hoje é o edifício Solar. A casa abrigava toda a história da cidade e, para ser construído o prédio, teria que ter recuos, que não foram feitos. Mal tem espaço para a calçada, isso foi um desrespeito ao desenvolvimento da cidade. Outro fator é que cada vez temos mais empreendimentos de moradia em volta dessas vias principais”, comenta.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 9.