Obra literária será apresentada ao público na quarta-feira, 21

Ao longo de dois anos, foi realizada uma pesquisa histórica sobre o Centro de Tradições Gaúchas Laço Velho, abordando sua influência no tradicionalismo gaúcho em Bento Gonçalves. Os resultados deste estudo estão publicados em um livro, “CTG Laço Velho, 65 anos de história”, que será lançado na próxima quarta-feira, 21. A proposta foi preservar a memória de fatos importantes que ocorreram especialmente no CTG, que em 2023 comemora 65 anos de atividades.

O escritor e coordenador, Cristian Bernich, conta que a pesquisa foi feita por meio de registros documentais e entrevistas. A partir daí, foi possível produzir e realizar a organização textual da publicação final. “Foi um trabalho árduo, mas muito satisfatório. Foram realizadas inúmeras entrevistas com indivíduos que possuem relação com o Laço Velho, como ex-patrões e pessoas que fizeram parte desta história, nas quais coletávamos informações e após, buscávamos relacionar com as atas e outros documentos arquivados na sede do CTG”, conta. Além de Bernich, também contribuíram para a elaboração da obra literária o professor de História, Uelinton Canedo, e o atual Patrão do Laço Velho, Sérgio de Toni.

Conforme Bernich, ao se falar de um CTG, inevitavelmente também se está traçando e referenciando a cultura tradicionalista proeminente no estado. “É um ambiente apontando a formação da sua identidade social e cultural projetando a figura do gaúcho como sinais identitários, pois neste contexto, trazendo para nosso município, o CTG laço Velho possui grande significância à memória, pois foi o primeiro criado na cidade, em 29 de agosto de 1957 e desde então ele é responsável por fomentar o desenvolvimento do tradicionalismo gaúcho em Bento Gonçalves”, comenta.

Um pouco da história

Bernich enfatiza que, atualmente, o Laço Velho é um dos mais importante CTGs da região da Serra e da 11ª Região Tradicionalista (RT) que é composta por 24 municípios. “Ele possui mais de 300 associados, e todos anos é premiado em rodeios e festivais culturais. Foram 22 Patrões, dentre eles alguns já foram agraciados com honrarias pelos trabalhos desenvolvidos. A primeira Prenda do RS foi eleita pelo Laço Velho. Entre as curiosidades encontradas no decorrer da pesquisa, está que o CTG já teve até um jornal que circulava no município com informações sobre o tradicionalismo em Bento, região e até mesmo com notícias do RS”, informa.

O livro é a publicação do resultado de uma pesquisa relativa ao projeto “60 anos de Tradição”, que é financiado pelo Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves, com apoio do CMPC e SECULT.