A votação e aprovação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, realizada na Câmara dos Deputados, domingo, 17, foi o ápice, até agora, da maior crise política brasileira vista desde a redemocratização. Nesta segunda-feira, 18, o processo chegou ao Senado, na casa são previstas três votações em plenário até a conclusão do processo.

Enquanto o rumo da presidência do Brasil não é decidido a economia do país, que também enfrenta uma crise, fica estagnada. O Semanário questionou algumas lideranças de entidades e sindicatos da Capital do Vinho sobre a expectativa de alguma mudança no atual cenário político e econômico. A possibilidade de a presidente ser deposta foi recebida com certa expectativa por alguns dos entrevistados, no entanto o tempo que o processo de definição deve levar preocupa, já que, enquanto as incertezas se mantiverem, a recuperação dos setores não é vista em um futuro próximo. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Stimmme) Elvio de Lima o primeiro passo foi dado, porém ainda há pela frente os trâmites do Senado e dentro de todo esse processo o país deve permanecer parado. “Tínhamos a esperança de que no segundo semestre a economia fosse alavancar, porém com tudo isso acontecendo não vejo um cenário positivo”, prevê.

Já, para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marcos Carbone, o impedimento do exercício das funções presidenciais por Dilma Rousseff culminará na retomada da confiança no Brasil – tanto por parte dos investidores como da própria população. “Tendo a autoestima dos brasileiros reestabelecida enquanto cidadãos, passamos por uma crise institucional de ética, de valores e política, que se refletiu gravemente no cenário econômico. Uma vez que essa situação seja sanada, com o reestabelecimento da confiança e credibilidade, o curso natural é que também a economia caminhe pela recuperação”, sentencia.

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