As enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul no último mês de maio deixaram uma preocupação adicional para as autoridades sanitárias: a leptospirose. De acordo com dados do Laboratório Central do Estado (Lacen/RS), entre os dias 2 de maio e 6 de junho, foram analisados 1.679 casos suspeitos da doença. Destes, 242 foram confirmados como leptospirose, resultando em 15 óbitos.

No total, foram realizadas 543 análises por RT-PCR e 1.136 por diagnóstico sorológico. Além disso, uma nota técnica foi elaborada para orientar os serviços de saúde sobre a coleta, acondicionamento e transporte de amostras para diagnóstico de leptospirose.

A definição de caso suspeito envolve indivíduos com febre e mialgia, especialmente na região lombar e panturrilha, que tiveram contato com água ou lama de enchentes nos últimos 30 dias. A recomendação é buscar atendimento médico imediato, não sendo necessário aguardar o resultado laboratorial para iniciar o tratamento.

Sobre a leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de também por meio de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.

Foto: Divulgação / Lacen / SES-RS