“Canção dos imigrantes, cantada em dialeto Vêneto, de autor anônimo, sobre a América”.

Da Itália nós partimos               
Partimos com a nossa honra
Trinta e seis dias de máquina a vapor,
E na América nós chegamos
Na América nós chegamos
Não encontramos nem palha, nem feno
Dormimos no solo nu
Como animais repousamos
Mas a América é grande e é larga
É formada de montes e planícies
E com talento de nossos italianos
Fundamos vilas e cidades
América, América, América
Oque será esta América?
América, América, América
Um belo ramalhete de flores.

A alegria dos imigrantes era profundamente estampada nos rostos tristes, mas cheios de esperanças.

A Itália passava por momentos muito difíceis. Não havia esperança para esses meeiros e sem terra. Eles trabalhavam em terras dos outros. E isso se agravou muito mais, com a Revolução Industrial.

As promessas dos Agentes de Propaganda, da imigração, deixaram os pobres imigrantes convencidos e iludidos que aqui na América era um paraíso inigualável. Nunca visto.

Por isso cantavam e criavam uma imaginação…

Mérica, Mérica, Mérica
Cosa sarala sta Mérica?
Mérica, Mérica, Mérica
L’è un bel massolino de fior

Da L’Itália noi siamo partiti,
Siamo partiti c’oi nostri onori
Trenta e sei giorni de machina e vapore
E nela Mérica noi siamo arivati

Nela Mérica noi siamo arivati,
No abian trovato n’é páglia, n’é fieno
Abian dormito su’l nudo terreno,
Como le bestie abian riposá.

E la Mérica, l’é lunga e l’é larga
L’é circondata de monti e de piani
E co’la indústria dei nostri italiani
Abian fondato paesi e citá

Mérica, Mérica, Mérica
Cosa sarála sta Mérica?
Mérica, Mérica, Mérica
L’é um bel massolino de fior.