Iniciando o ano de 2015 e tendo esta coluna um foco amplo, mundial voltado às relações das pessoas com seus governos e das empresas com a sociedade, gostaria de analisar um pouco os acontecimentos na França. O terrorismo deve ser combatido com todas as forças, assim como as injustiças, a miséria, os desmandos dos governos, a corrupção, os assassinatos e todo e qualquer ato de desumanidade. Traço um paralelo entre estes atos e o 11 de setembro nos EUA. Não falo da ação, mas da reação.

Nos EUA o que se viu depois foram atos de guerra. Na França, por enquanto pelo menos, o que se viu foi o povo indo às ruas para lutar pela liberdade, de expressão e de outras liberdades. Pode-se dizer que também houve atos políticos mas mais de 3.000.000 de pessoas, pelas estatísticas oficiais, se uniram para lutar pelos lemas que a França ajudou a construir no mundo com a revolução Francesa de 1789, Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Por enquanto, há muita diferença entre os dois eventos. Pena que, penso eu, isto pode mudar em alguns dias com maiores restrições a estrangeiros na Europa e, talvez, com retaliações bélicas.

Finalizando esta parte, afirmo que o mundo não é único. O planeta terra é cheio de diferenças e, o homem, em especial, não consegue viver em igualdade e fraternidade. Se conseguisse, não existiram fronteiras entre países. Por que existem fronteiras? Por que existem fronteiras armadas? Todos os seres humanos não são iguais? Todos não somos da mesma raça? Todos não vivemos no mesmo planeta? Vou mudar uma frase muito conhecida afirmando que, em vez do “O homem é um ser social”, como já Aristóteles defendia, para “O homem não é um ser social”.

Bem, voltando ao Brasil, quero entrar numa reflexão que eu vejo importante para o futuro deste país.
O centro da meta de inflação para 2014 ( ano passado ) era de 4,5%. Uma meta é uma meta, deve ser perseguida e, quando não atingida, ela não foi atingida e ponto final. Por aqui, as coisas são um pouco diferentes. Aqui, a meta é 4,5, tendo 2 pontos para baixo e 2 para cima.
Primeira pergunta: por que nossa meta possui níveis?

Segunda: se possui níveis, por que não definiram 1 ponto de tolerância em vez de 2 ?
Terceira e mais importante: por que poucos, neste país, não contrapõem os governos quando da divulgação de metas dizendo que elas devem ser menores, quando ruins à sociedade e maiores, quando são boas para todos?
Toda a discussão, falo NO BRASIL INTEIRO, ano passado foi se o governo Dilma iria ficar com a inflação abaixo do TETO DA META ou ACIMA DO TETO DA META. Se chegasse a 6,51%, bahh, que terror. O mundo vai terminar. Como chegou a 6,41%, ahh bom, tudo certo então. Mas que troço!!!

Ninguém para para pensar neste país? Se, quando foi estabelecida a regra para a meta de inflação tivessem estabelecido que, em vez de 2 pontos para cima ou para baixo, 3 pontos, estaríamos nós debatendo que 6,5 seria muito já que o teto da meta seria 7,5% ?

O importante é dizer que o centro da meta de 4,5% foi extrapolado em quase 2 pontos e que, portanto, está acima do índice central. Além disso, ninguém questiona se 4,5 é muito ou pouco. O que o governo diz todos reproduzem como se fosse lei vinda do alto, sem contestação. Isto é que deve mudar para o bem deste país. Não devemos escutar e bater palmas somente. Devemos refletir e opinar.

Este país precisa de mais líderes e de menos seguidores de cabeça baixa.
Pense nisso e sucesso.