O diagnóstico precoce da hanseníase é um grande  desafio para os profissionais da saúde. A doença pode se manifestar com lesões muito variáveis na pele ou também neurais, causando alteração de sensibilidade nos nervos periféricos, por exemplo. Além disso, o período entre a contaminação da bactéria e o surgimento dos sintomas pode ser longo, variando entre dois e sete anos.

Uma das principais consequências negativas sobre o diagnóstico tardio é que ele prejudica a qualidade de vida do paciente. Segundo dados do Programa Estadual de Controle da Hanseníase-PECH, o Rio Grande do Sul tem a menor incidência da doença no Brasil, mas a sua identificação demorada faz com que o estado tenha o percentual mais alto de grau de incapacidade.

A principal forma de contágio é pelo contato direto com pacientes que ainda não iniciaram o tratamento. Os sintomas podem ser bolhas, erupções, nódulos, saliência, perda de cor, vermelhidão ou úlceras na pele. Com relação ao sistema sensorial, podem ocorrer formigamento, redução na sensação de tato ou perda da sensação de temperatura. A prevenção, portanto, é a vigilância ativa, conforme Letícia.

Considerada uma questão de saúde pública, a hanseníase conta com tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A patologia, porém, ainda traz um estigma negativo, através do qual, muitos pacientes sofrem preconceito.