Ivo Vailatti foi oficialmente empossado como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG). Ele assume a direção da entidade, substituindo Itajiba Soares Lopes que dirigiu a casa durante os últimos oito anos ao longo de duas gestões. Vailatti volta a dirigir um dos maiores sindicatos de trabalhadores do município com o desafio de tornar a entidade ainda mais forte para poder lutar contra a reforma trabalhista e previdenciária. “Não há dúvidas de que teremos de agora em diante as mais duras lutas contra a exploração do trabalhador. Vivemos dias difíceis em que nossos direitos vão sendo suprimidos e que num futuro muito próximo poderão ser extintos. O capital avança ferozmente contra o trabalho e o resultado disso é o desequilíbrio da sociedade”, aponta o sindicalista.

Ele destaca que nem mesmo durante os períodos mais nebulosos para os trabalhadores, como foram os anos de ditadura no País, houve tantas arbitrariedades contra as pessoas que produzem. “Hoje a ditadura vem do próprio parlamento brasileiro com bancadas interessadas em escravizar seres humanos e acabar com todas as conquistas de décadas de lutas. Dá pra perceber que não existe limites na verdadeira guerra que foi declarada contra o trabalhador”, dispara Vailatti.

Da união dessas bancadas resultou a reforma trabalhista que veio para acabar com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “De imediato isso tira os direitos adquiridos e o negociado passa a valer sobre o legislado. Ou seja, não há mais negociação coletiva. O trabalhador está sozinho”, alerta o presidente do Sitracom BG.

Vailatti e sua diretoria vão intensificar a luta para poder manter a estrutura sindical. É que com a reforma trabalhista o governo golpista que está à frente do País, ataca diretamente os sindicatos para que não tenham como dar apoio aos trabalhadores e nem manter as mobilizações. “Os golpistas sabem que sindicatos fortes com trabalhadores unidos são entidades que praticamente impedem a exploração da classe operária e que estão sempre em luta por melhores condições de cidadania, por isso é preciso acabar com o movimento sindical”, denuncia.

O presidente lembra que é somente através do seu sindicato que o trabalhador é forte. “Basta olhar no seu contra cheque, seu contrato de trabalho. Analise o que têm: piso salarial, reposição da inflação, ganho real, auxílio escola, qüinqüênio, hora extra, dias 31, sábado feriado em dobro, cesta básica. Isso é conquista que só quem tem um sindicato forte alcança. É por isso que temos que resistir. É por isso que temos que lutar. Com sindicato é difícil, mas sem ele é praticamente impossível. Nenhum direito a menos será tolerado”, concluiu.