O Inverno, no Hemisfério Sul, inicia-se no dia 21 de junho de 2017 à 01h24 e termina no dia 22 de setembro às 17h02. Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e grande parte da região Norte do Brasil, enquanto que o máximo de precipitação concentra-se na parte noroeste da Amazônia, no estado de Roraima e extremo sul do Brasil.

Caracteriza-se também, pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam o declínio acentuado das temperaturas do ar. Esta diminuição, podem ocasionar: i) formação de geadas, nas regiões Sul, Sudeste e no Estado do Mato Grosso do Sul; ii) queda de neve nas áreas serranas e planaltos da região Sul; iii) episódios de friagem nos Estados de Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. Em função das inversões térmicas no período da manhã durante o inverno, observam-se formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, impactando especialmente em estradas e aeroportos.

Com a redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, tem-se a diminuição da umidade do ar, que consequentemente favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.

Previsão Climática para o Inverno
As chances de ocorrência de um fenômeno El Niño durante o Inverno de 2017 decresceram no último mês, prevalecendo a “neutralidade” no oceano Pacífico Equatorial. Entretanto, caso haja uma confirmação até o final da primavera, provavelmente o fenômeno será de baixa intensidade, segundo um dos modelos de prognóstico probabilístico do “El Niño” (Figura abaixo – IRI). Outros fatores, como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Tropical e no sudoeste do Atlântico Sul, poderão influenciar o regime de chuvas no País, dependendo das suas características climáticas durante esta estação.

Região Sul

Durante o outono, as chuvas foram acima da normal climatológica em praticamente toda a região, porém o máximo volume de chuvas ocorreu no noroeste do Rio Grande do Sul. Durante a segunda quinzena de abril houve um intenso resfriamento, que deu início a temporada de temperaturas abaixo de zero grau, episódios de geadas com intensidade variando de forte a moderada. Já na segunda semana de junho, houve registro de neve na serra catarinense, devido a entrada de uma forte massa de ar de origem polar. O prognóstico indica chuvas acima da média no Paraná, Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul. A maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo deste trimestre, porém as temperaturas médias devem permanecer de normal a abaixo da normal climatológica no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e oeste do Paraná, favorecendo a incidência de geadas em áreas serranas e planalto. Porém, o prognóstico de longo prazo indica que serão menos intensas que no ano de 2016, quando tivemos um inverno rigoroso (principalmente no mês de junho). Novos episódios de neve podem ocorrer, principalmente no mês de julho nas áreas propícias ao fenômeno.