Os imigrantes italianos estabeleceram-se nos seguintes Estados: Espirito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em Minas Gerais e São Paulo, estes grupos diluíram-se e foram absorvidos pela população original.
Está comprovado que as terras riograndense foram divididas em Linhas e Travessões. Não obedeciam aos aspectos geográficos apresentados (disso salvou-se a fronteira natural formada pelo rio das Antas e afluentes).
Os primeiros grupos de imigrantes italianos, atraídos por farta propaganda na Itália, dirigiram-se concomitantemente para as Colônias, Caxias (Caxias do Sul) Conde D’Eu (Garibaldi) e Dona Isabel (Bento Gonçalves). Ainda temos os imigrantes dos Fundos da Colônia de Nova Palmira (Nova Milano) e Nova Vicenza, hoje o Município de Farroupilha.
Somente uma década depois, em 1880, foram iniciados os traçados dos loteamentos das terras do além Antas: Colônia do Antônio Prado e Alfredo Chaves, (áreas dos Municípios de Veranópolis, Nova Prata e Nova Bassano).
A maior parte destes grupos de imigrantes provinha da região do Vêneto, Lombardia e do Trento. Provavelmente, sua adaptação ao meio ambiente deu-se pela grande semelhança com a terra natal; clima, altitude e terras férteis.
A imigração italiana, que teve início em 1875, pela sua homogeneidade regional, basicamente Vêneta, pela continuidade territorial, pelo trabalho e pela dedicação dos seus filhos, pelo consequente desenvolvimento urbano, comercial e industrial, constituiu a Colonização Rural mais importante, mais característica e também mais religiosa e cultural de todo o sul do Brasil.
Portanto, os imigrantes que aqui vieram, estavam acostumados a viver num sistema econômico, caracterizado por uma diversificação de produção, trouxeram consigo tanto o preparo como os incentivos para progredir na futura Colônia.
A economia italiana era composta por latifúndios e umas poucas indústrias apegadas às ideologias medievais do feudalismo ultrapassado.
As camadas sociais eram constituídas pela classe rica, muito imponente e pela classe pobre, verdadeiros miseráveis.
Os ricos donos e senhores absolutos de toda a riqueza.
Os pobres recebiam dos senhores absolutos, que não bastava para seu próprio sustento e nem da sua família. Como ideia salvadora surge à emigração para terras mais prósperas. Logo, a emigração foi movida por necessidade e nunca pela simples aventura, como costumam afirmar alguns escritores.
“Despojados, sofridos, miseráveis os elementos de classe baixa procuravam uma saída para esse impasse.”
A emigração beneficia a Itália expulsando o excedente da população e o Brasil ganha mão-de-obra.