Espaço, localizado no bairro Ouro Verde, já entregou em torno de 400 itens para pessoas em situação de vulnerabilidade social e entidades

Há mais de três meses, o Centro de Artes e Esportes Unificados, a praça CEU, no bairro Ouro Verde, possui um espaço especial: a horta comunitária. Os alimentos plantados e colhidos no local estão sendo distribuídos à comunidade, especialmente para famílias em situação de vulnerabilidade social. Mais de 400 hortaliças já foram disponibilizadas.

Para quem vê de fora, acha que o trabalho é apenas mexer na terra, fazer os canteiros, adubá-los, plantar e colher. Entretanto, ele tem um cunho social imprescindível para a comunidade. “Temos um olhar especial para as pessoas, aos usuários. Engajamos os trabalhadores da praça, arregaçamos as mangas e estamos desenvolvendo esse trabalho. Juntos, estamos conseguindo deixar o ambiente ainda melhor para a população”, salienta o coordenador da Praça CEU, Clóvis Prates.

Aos poucos, o local foi e continua sendo transformado com o auxílio de muitas mãos. Por isso, algumas colheitas já foram efetivadas. “Já estamos na terceira distribuição. A primeira foi para o Ceacri Balão Mágico; a segunda para o Abrigo Municipal e, na última quarta-feira, tivemos um grupo de senhoras que participaram de uma atividade no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), convidamos para conhecer a horta e entregamos os produtos”, pontua.

Segundo Prates, com o decorrer dos meses, a equipe que cuida do espaço conseguiu fazer um melhor planejamento para dar sequência às atividades. “Durante o processo, agora é possível determinar qual a produção da horta, quais canteiros poderemos colher daqui a dez dias, quais famílias entraremos em contato e dizer para elas virem até a praça e buscar a sacola das hortaliças. Quem recebe hoje são àquelas atendidas pelo CRAS e, como ele faz parte da Praça CEU, nada mais justo que trabalharmos junto com as famílias e poder atender a todos”, salienta. Na próxima semana, a intenção é fazer uma doação ao Lar do Ancião e, posteriormente, para outra entidade, conforme o crescimento dos alimentos.

Comunidade envolvida

Um dos pontos positivos destacados por Prates é a interação e o envolvimento dos habitantes da localidade. “A comunidade está gostando muito, tanto que virou quase um ponto turístico. Os moradores vêm até a praça e fazem questão de olhar o que está sendo feito, as melhorias. Ficam admirados com a beleza das hortaliças, pois tudo é produzido de forma orgânica. Ficamos muito felizes em saber que eles ajudam trazendo sementes e mudas para plantarmos. É um projeto que está dando super certo e tomara que a gente leve isso adiante, por muitos anos, para ajudar todos que precisarem”, comenta.

A iniciativa deu tão certo que muitas pessoas quiseram contribuir. “Inúmeras delas trouxeram as sementes, cada uma auxiliando da sua forma. Mas o que mais me encantou foi que cheguei em uma casa agrícola e perguntei o que o responsável fazia com as mudas que sobravam. Fui informado de que eram descartadas. Foi então que mostrei o projeto, contei a história. A partir daí, ele falou que tudo que sobrasse na casa agrícola podia passar para pegar. Portanto, grande parte da produção é doação do empreendimento próximo à Fruteira São Roque”, agradece.