No mundo terei tribulações, mas coragem. Eu venci o mundo.

Outubro Rosa, mês dedicado a prevenção ao Câncer de Mama, e sim, ainda precisamos falar sobre isso. Uma história de luta, garra e muita fé. Primeiro o medo, depois o entendimento e a aceitação e por fim o tratamento, tudo para buscar a cura. A bento-gonçalvense Graziela Greggio Cazer, 42 anos, descobriu o câncer ao tomar banho, em dezembro de 2020, enquanto fazia o exame do toque. Casada com Ermes Cazer, há 10 anos, tem uma filha, a Isabella, de 4 anos e meio. É com o apoio da família e com muito amor que Graziela está passando pelo processo da cura do câncer.

A descoberta e o medo
Formada em Marketing, quando descobriu o câncer, a primeira sensação foi de agonia. “No momento você sabe que alguma coisa não está legal. Marquei uma consulta com a ginecologista e em menos de 20 dias já estava com o diagnóstico em mãos. Câncer de mama. Estágio III. Her2 positivo. Um dos mais agressivos, mas que ao mesmo tempo se tratando precocemente tem alto poder de cura”, relembra Grazi.
O período foi de dor, lágrimas e medo, mas ao mesmo tempo, o suporte da família, a fé e os bons profissionais ao seu lado fizeram a diferença. “Depois do medo, vem o entendimento e a aceitação. Tinha muito claro pra mim, que iria enfrentar da forma mais leve, positiva que podia essa situação. Definido o tratamento com a equipe médica, levantei a cabeça. Coloquei um sorriso no rosto e fui ao encontro da cura.”

O tratamento
Hoje, Grazi está em tratamento. Fez 16 sessões de quimioterapia de fevereiro até julho, fez mastectomia radical e agora faz imunoterapia, hormonioterapia e radioterapia, de forma preventiva. “O mais difícil foi passar pela quimioterapia. É um tratamento extremamente agressivo, com muitos efeitos colaterais. Aonde o corpo fica muito debilitado, perdemos nossos cabelos e ficamos muito sensíveis e vulneráveis”, conta ela. Graziela nunca perdeu a fé e hoje ela não tem mais células cancerígenas no organismo.

“Nós, mulheres, temos que nos olhar”
Descobrir cedo a doença é fundamental e Grazi tem certeza que, foi graças ao exame de toque, que ela conseguiu identificar e tratar o mais rápido possível. “Nós, como mulheres,temos que nos olhar, nos enxergar, estar atenta as alterações no nosso corpo. O câncer não espera. Caso perceba algo procure o médico o mais rápido possível. Seja através do plano de saúde ou pelo SUS.”

“O câncer me curou”
Seguindo o tratamento, o sorriso é constante no rosto de Grazi. O câncer, segundo ela, a curou, lhe tirou o medo e abriu horizontes. “A doença me permitiu estar mais próxima de Deus. Mesmo nos momentos de solidão e angustia, aonde sentia o quão frágil eu sou, conseguir ver que justamente ali, minha coragem brotava”.
Uma mulher corajosa e cheia de esperança, que tem na Oração da “Maria passa na frente” o seu guia. Sempre sorrindo e vivendo intensamente cada momento.