O Poder Público de Bento Gonçalves dispensou 200 funcionários terceirizados, entre contratos da CCS, Araucária, educação e administração, no primeiro quadrimestre de 2017, segundo dados da Secretaria de Administração e Governo. Por outro lado, foram nomeados 223 novos funcionários concursados, sendo que no mesmo período foram encaminhadas 53 aposentadorias.

O custo com o pagamento dos contratos foi de pouco mais de R$ 15,5 milhões e representaram um valor mensal médio de R$ 3,8 mi. Segundo o secretário-adjunto de Administração e Governo, Ivan Toniazzi, o objetivo é reduzir despesas com folha de pagamento e diminir a máquina pública. “Os efetivos (concursados) custam menos”, observa.

Apesar de ter havido contratação de novos servidores públicos, o secretário avalia que o número geral do quadro de trabalhadores da Prefeitura diminuiu. “É uma questão financeira, nós temos que fazer ajustes e estamos adequando da melhor forma para não prejudicar a população”, aponta. Até dezembro, 1154 terceirizados compunham o quadro da administração pública. Hoje são cerca de 954 contratados. Já o número de servidores públicos cresceu de 1818 para 1946.

Toniazzi explica que as nomeações foram para preencher cargos em Educação e Saúde, principalmente. “Aqui para a Secretaria de Administração, por exemplo, foi nomeado apenas um concursado e tem lugares que não foi chamado ninguém”, expõe. Segundo o secretário, as pastas de Meio Ambiente e Obras também dependem de bastante funcionários.

Dificuldades para preencher cargos

Em muitas situações os servidores concursados são chamados, mas optam por não assumir as vagas. O secretário observa que isso ocorre porque são pessoas que vêm de outras cidades. “São uma série de custos com mudanças, de se estabelecer aqui, de aluguel, que fazem com que desistam”, afirma.

Toniazzi informa que a Prefeitura continua a chamar os concursados até que todas as vagas sejam preenchidas. Ele explica que os secretários solicitam funcionários e o prefeito autoriza ou não a contratação. “Hoje não tem pessoas sobrando, mas precisamos responder às necessidades financeiras”, argumenta.