O governador em exercício do Estado, Ranolfo Vieira Júnior, esteve na Fecomércio-RS nesta quarta-feira, 5 de junho para debater junto com as lideranças empresariais os prejuízos causados pela pirataria. Participaram do encontro, o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, com o coordenador da Comissão de Combate à Informalidade (CCI) da Federação, Daniel Amadio, e o vice-coordenador André Roncatto.

Ranolfo apresentou a atuação do Governo do Estado através do Programa RS Seguro. “A questão crucial da informalidade está no crime organizado. A sociedade se preocupa com quem está na ponta e não o que ocorre para manter esse sistema”, destacou. Para ele, esse combate poderá acontecer pelo programa, que é transversal e estruturante de segurança pública e defesa social. “Segurança pública é numa área prioritária. Integração, inteligência e investimento qualificado são as premissas do projeto, além de planejamento em curto e médio prazo”, apresentou.

Para Ranolfo, são alguns eixos de atuação, como combate ao crime (ações de polícia), políticas sociais, qualificação do atendimento ao cidadão e sistema prisional. Destacou a prevenção e o fato de o Estado estar disputando os jovens com os criminosos. Nesse primeiro momento, disse que serão dois mil brigadianos que passarão a atuar no mês de agosto e mais 425 policiais civis a partir de julho. Ele citou que 90% dos roubos de veículos do estado acontecem em 18 cidades. “Vamos priorizar estrategicamente estas localidades”, disse.

O coordenador da Comissão da Fecomércio-RS, Daniel Amadio, pediu ao governador em exercício o apoio para a regulamentação da Lei 15.182 de 2018, que determina a cassação de ICMS para contribuintes que comercializam produtos de origem ilícita. Também foi abordada a construção, junto ao governo estadual, de um projeto de lei para regulamentar a realização de feiras de comércio itinerantes. Em sua fala, o vice-coordenador André Roncatto reforçou os problemas de saúde da pirataria e o desconhecimento da população quanto ao crime organizado que permeia nossas vidas através da informalidade.

Outra presença na reunião foi o deputado estadual Issur Koch, presidente da Frente Parlamentar de Combate à Pirataria da Assembleia. Ele destacou que sua experiência como professor reforça a convicção de que a educação precisa crescer junto para mitigar a criminalidade. Koch citou que 70% dos presos abandonaram os estudos aos 11, 12 anos. “Se não tivermos investimento maciço em educação, vamos continuar construindo presídios”, disse. Para ele, a maior dificuldade da evasão escolar acontece na transição das escolas municipais para as estaduais, em razão do número de atendidos. Como parlamentar coordenando esta Frente, Koch disse estar junto das entidades para conhecer melhor o problema e poder atuar de forma conjunta.

Fonte e foto: Ascom Fecomércio RS