O ex-deputado federal e o governador do Rio Grande do Sul subiram o tom nas redes sociais após acusações de Jean Wyllys

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou, nesta quinta-feira, 20, que entrou com uma representação contra o ex-deputado do PSOL, Jean Wyllys, no Ministério Público. A medida, segundo o chefe do Executivo gaúcho, é decorrente das manifestações do ex-parlamentar nas redes sociais. Leite acusa Wyllys de homofobia.

Em sua justificativa, o governador gaúcho disse que a medida ocorre assim como em outras ocasiões, onde o político sentiu-se ofendido com as publicações nas redes. “Quando Roberto Jefferson disparou ataques homofóbicos a mim, entrei com uma representação no Ministério Público contra ele. Quando Bolsonaro, como presidente, veio ao Rio Grande do Sul e fez uma piada com insinuações de mau gosto, eu fiz uma interpelação judicial contra o presidente da república. Por isso, agora, quando Jean Wyllys dispara também ataques a uma decisão que tomei como governador e que ele pode não concordar, ter outra visão, mas tenta associar essa decisão à minha orientação sexual e até a preferências sexuais, eu devo também entrar com uma representação contra ele. Aliás, fiz essa representação”, afirma.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Leite disse que é contra qualquer tipo de preconceito, seja ele proferido por qualquer pessoa, independente de ideologia política. “Não interessa se é da direita ou da esquerda. Não interessa a cor da bandeira que carrega, o que importa é que homofobia, preconceito e discriminação não podem ser tolerados. A sociedade que a gente defende é uma sociedade de respeito, de tolerância, em que as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter, pela sua capacidade, pela sua honestidade e não pela cor da pele, não pela crença religiosa, não pela orientação sexual”, revela.

A troca de farpas teve início na semana passada quando, na sexta-feira, 14, Wyllys publicou em suas redes sociais uma crítica ao governador do RS, em razão da manutenção das escolas cívico-militares no Estado. Naquela ocasião, o ex-deputado chamou Leite de “gay com homofobia internalizada” e fez insinuações sobre as preferências sexuais do político gaúcho.