Quando o assunto é desemprego e crise econômica, todos ficam em estado de alerta. Principalmente quando os números do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul confirmam o que muitos já estavam prevendo: mais demissões do que admissões. Entretanto, o mais impactante é que, nos últimos 12 meses o saldo foi negativo, totalizando menos 2.418 empregos na cidade.

No último levamento, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou que em abril foram admitidos 1.419 funcionários e demitidos 1.485, o que resulta em um saldo negativo de 66 pessoas a menos empregadas no município. ­Por área, o comércio foi o que mais teve desligamentos e a administração pública não contratou e nem nomeou nenhum novo membro.

Para o economista Imerio Corbelini, esses números só confirmam a dificuldade economica e financeira que o país está vivendo.
“Estamos em um buraco, cada vez nos afundamos mais, eu tenho a impressão de que passo pelas ruas da cidade e cada vez mais vejo lojas fechando, vejo empresas decretando falência e há poucas vagas de emprego disponíveis. Todos sabemos que estamos com dificuldades, o dinheiro tem circulado pouco dentro das industrias e das empresas, para conter os gastos, é preciso demitir e infelizmente acabamos tendo como resultado esses números preocupantes”, comenta Corbelini. Além disso, sobre o déficit no comércio o economista garante que muitas demissões podem ter acontecido com trabalhadores que foram contratados como temporários para períodos em que a demanda é maior, como Dia das Mães, por exemplo.

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