Presidente da comunidade São Bento, Gentil Santalucia, elogia turismo no bairro e aponta a igreja como um ponto turístico da cidade. A ideia é ampliar cada vez mais os horários de atendimento dela, para atrair mais visitantes
Gentil Santalucia é presidente da comunidade igreja São Bento, fato do qual se orgulha, já que o local é um dos principais pontos turísticos de Bento e recebe, todos os dias, visitantes de todos os lugares. Além disso, ele também é empresário, com cinco empresas, cada uma de um ramo diferente. Ele acredita que manter uma carteira diversificada facilita em momentos de altas e baixas em alguns setores.
Turismo no São Bento
Com o aumento do turismo em Bento Gonçalves, o bairro São Bento cresce muito neste setor também. “Para nós tem sido bom empreender no bairro porque ele é muito turístico. E justamente por isso, mantemos a nossa igreja sempre muito bonita. Investimos sempre em sua estrutura para poder trazer turista e ajudar nosso comércio. A igreja São Bento é considerada um ponto turístico, dificilmente alguém vem para Bento e não a visita”, alega.
Os motivos segundo ele, disso são os mais variados, como, por exemplo, a proximidade com alguns pontos turísticos ligados ao vinho. “Comércio, shopping, lojas de vinhos. Fora que a praça São Bento que no final de semana um grande movimento”, valoriza.
Uma das formas de arrecadação de recursos para as manutenções, se dá justamente por conta do fluxo turístico que é elevado. “Uma forma de juntarmos dinheiro para as melhorias, é através da venda de lembrancinhas como terços, a maquete de nossa igreja que vendemos e muitas pessoas levam porque acham ela linda”, destaca Santalucia.
O número de turistas que frequentam a igreja não é pequeno, ele acredita que seja em média um quarto dos visitantes de Bento Gonçalves. “Anualmente, 200 mil turistas vão conhece-lá. Em Bento passa de um milhão de turistas por ano, mas nela é em torno deste número. É bem expressivo, e só não temos mais porque não abrimos pela manhã. Se fosse aberta todo o dia teríamos muito mais. Ano que vem queremos implementar mais horários, temos a certeza que irá dobrar este número”, expõe.
E traz também que até mesmo pessoas do outro lado do globo já vieram na igreja apenas para casar. “Os turistas são encantados pela por ela, contam que nunca viram algo igual. Dizem que dá a impressão que ela é côncava. Já veio pessoas da Inglaterra para casar aqui, da Itália, até da China, porque eles a acharam muito fantástica”, relembra.
A outra forma de arrecadar os valores para manter a estrutura é a Festa anual de São Bento. “Reunimos em torno de 700 a 800 pessoas, a comunidade toda é muito presente, realizamos ela no CTG Laço Velho. O que mais fazemos com o dinheiro são as manutenções da igreja, a pintura, manter ela bonita. Precisamos trocar o assoalho dela, mas o valor está orçado em R$300 mil reais, então haja dinheiro. Mas a nossa comunidade é parceira, e sente muito orgulho e por isso trabalha muito para mantê-la bonita”, frisa.
A única dificuldade que eles vêm encontrado é espaço para realizar mais atividades. Segundo Santalucia, eles precisariam de um local maior para realizar algumas atividades. “Nós queríamos fazer a catequese das crianças ali na igreja, mas construir ali na praça é muito burocrático. E temos muitas crianças, porque os amiguinhos convidam, eles gostam e seguem, são quase 80 crianças, de diversos bairros. Mas vamos continuar buscando e procurando um lugar bom para isso”, realça.
Economia no país
Por ser empresário, Santalucia sente bastante os altos e baixos da economia, e estar em um bom local para empreender tem sido fundamental. Além disso, por conta do crescimento da localidade, ele nem imaginava que o bairro onde colocou seu primeiro negócio, hoje em dia seria tão valorizado. “Sem dúvida foi muito bom para a minha empresa estar aqui. A valorização é enorme, e ela passou a vir depois que já tinha a loja. Fora ela, tenho mais cinco empresas em diversos ramos, como por exemplo, indústria de móveis sob medida, de etiquetas, loja de material escolar e de escritório. É importante investirmos nisso, até porque o comércio traz muitos impostos pro município”, explica.
Por ter tantas empresas, isso significa também que acaba tendo bastante funcionários, mas vem sentindo as dificuldades do atual governo. “Ao total, tenho 17 colaboradores, estamos gerando emprego, renda, e isso é importante. Só que este ano está sendo mais difícil, com a mudança do governo mudou tudo. A diferença deles é que o atual acaba cobrando muitos impostos. Tudo isso impacta no retorno, as pessoas acabam gastando mais”, reflete.