O frigorífico Nova Araçá, localizado no Município de mesmo nome, a 204 km de Porto Alegre, teve setores interditados pela força-tarefa dos frigoríficos gaúchos. É a segunda interdição do frigorífico, empresa do grupo Nicolini, que recebeu nova visita da força-tarefa na quinta e sexta-feira (11 e 12 de agosto), para acompanhamento de medidas estipuladas em acordo firmado pela empresa em setembro de 2014, quando também houve interdições. A produção foi suspensa.
Para a retomada das atividades e sustação das interdições, a empresa deve proceder à correção das situações apontadas pela fiscalização do Ministério do Trabalho (MT). Enquanto não forem levantadas as interdições, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício, nos termos do parágrafo 6º do artigo 161 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram interditados, por caracterização do risco grave e iminente à integridade dos trabalhadores, as atividades de movimentação de cargas nos setores de expedição, estocagem, túneis de congelamento e caldeira; a movimentação de cargas nas gaiolas com rodízios, com paleteiras manuais e troca de baterias das empilhadeiras nos setores de expedição e túneis de congelamento; e atividades nos setores de pendura da plataforma, sangria, separação de miúdos, rependura do chiller e embalagem.
Participaram da ação os auditores-fiscais do Trabalho Mauro Muller e Marcelo Naegele, coordenador do projeto frigoríficos do MT; o coordenador estadual do Programa do MPT de Adequação das Condições de Trabalho nos Frigoríficos, procurador do Trabalho Ricardo Garcia; a fisioterapeuta do Trabalho e especialista em Ergonomia Carine Benedet, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA); e a supervisora de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS), Alessandra Borges.