Primeira edição, em 1967, fortaleceu a vitivinicultura, fomentou a economia e elevou Bento Gonçalves à Capital Brasileira do Vinho

A Festa que deu a Bento Gonçalves o título de Capital Brasileira do Vinho comemora 53 anos, desde sua primeira edição na cidade. A primeira Festa Nacional do Vinho (Fenavinho), em 1967, fortaleceu não somente a vitivinicultura, mas também abriu portas para o crescimento da economia e possibilitou a visibilidade nacional. Moysés Luiz Michelon (in memorian) foi o primeiro presidente da celebração.

Pela primeira vez, autoridades nacionais visitaram a cidade, incluindo o presidente do Diário Associados, embaixador Assis Chateaubriand e o presidente da República da época, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Com isto, a imprensa nacional deu cobertura e notoriedade para colocar o município na vitrine de atrativos turísticos.

Durante os preparativos da edição, foram criados o brasão e o hino do município. Esse, escrito por Maria Borges Frota e musicado por Rui Barros, foi cantado pela primeira vez na edição de 67, e aquele recorda em seus símbolos e cores o desenvolvimento industrial, a uva e o vinho e exalta o trabalho da família bento-gonçalvense.

Conforme a historiadora Assunta de Paris, no Livro Memórias: Bento Gonçalves, “a Fenavinho foi e é a expressão mais plena do esforço de todos, sem reservas. Empresários, trabalhadores abnegados, exército, padres, mulheres, homens, crianças, todos, enfim, deixaram de lado suas diferenças para trabalhar incansavelmente na preparação desta festa. Por isso, ela não pertence a ninguém de forma especial, é um patrimônio cultural de nossa comunidade”.

Após oito de espera, em 2019, a Festa foi retomada sendo realizada junto a Expobento. O evento foi marcado pela presença do vice-presidente, General Hamilton Mourão.

A dobradinha se repete neste ano de 5 até 14 de junho, com a vila típica, vinícolas, gastronomia e atrações musicais. Em paralelo traz o vinho encanado e o desfile de carros alegóricos, ao centro da cidade.

Foto: Bento ontem e hoje, acervo Moysés Michelon (IN MEMORIAN), divulgação