Levamos uma surra da Alemanha nesta semana no futebol. Mas venho dizendo, há muito tempo neste espaço, que estamos levando uma surra há muito no campo econômico que se reflete na qualidade de vida de todos os brasileiros.
Sou brasileiro e por isto me importo com o que acontece neste país. Contudo, não sou alienado como muitos que só enxergam o que querem enxergar, principalmente na grande mídia brasileira que se esforçou como nunca para mostrar que nós, “o povo”, estávamos assistindo aos jogos. Realmente assistimos como acompanhamos a todos os jogos do Brasil em todas as copas do mundo. Mas daí a ficar alienado e não pensar nas dificuldades que este país atravessa é outra coisa.
Para mim, o que faltou para a seleção nesta copa e em outras foi planejamento. O futebol, por aqui, é ainda muito amador, não é profissional na verdadeira noção da palavra. Não se conquista uma copa do mundo trocando de treinador a cada 2 anos, não treinando, não tendo evoluções táticas, dependendo somente de um ou dois jogadores. O técnico Felipão tentou mudar mas não deu certo.

No campo da “vida real”, as coisas também estão fugindo do controle econômico sem que a “técnica”, a Presidente Dilma esteja fazendo as mudanças necessárias. Venho dizendo há mais de 2 anos que muitas mudanças deveriam ter sido implementadas mas continuamos na contramão.
A vida real é bem diferente da realidade da Copa do Mundo e do que a grande imprensa costuma apresentar como verdade absoluta.

A Presidente Dilma deveria reduzir o gasto público, em vez de aumentá-lo; controlar melhor os investimentos do PAC em vez de fazer vistas grossas às obras que não ficam prontas nunca; buscar promover uma reforma tributária que desonere as empresas e os brasileiros em vez de pensar só no curto prazo com remendos tipo redução do IPI aqui, ali; pensar em aumentar a participação das empresas brasileiras no mundo do que em protecionismos; políticas públicas mais concretas na educação e segurança pública do que fazer propaganda; estruturar a saúde do país e planejar esta nação para que realmente alcancemos melhores condições de vida para todos no futuro.

Sem planejamento não se chega a lugar nenhum no mundo competitivo de hoje. Quer no futebol, no vôlei, nas empresas, cidades, países ou na economia.
Felipão e Dilma precisavam entender isto. Pena que não entenderam. Se entenderam, não praticaram.
O dia em que dermos a mesma importância dada ao futebol para temas como educação, saúde, segurança pública, corrupção, inflação e competitividade, este país será melhor, muito melhor.
Pense nisso e sucesso.