A atividade integra a semana de aniversário do município; O objetivo é proporcionar cultura e valorização a população

Um Dom Quixote diferente, sem dragão, mas ainda em cima do seu cavalo, fiel companheiro, fala sobre conquistas, uso do celular, amizades e o universo da literatura. A releitura de Miguel de Cervantes foi o atrativo da manhã de sexta-feira, 13, que abriu de forma oficial a Feira do Livro em Pinto Bandeira. O encontro literário é aberto ao público e ocorre no Salão Paroquial da igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. Os horários para visitação vão das 9h até às 22h. A atividade integra a Semana do Município que comemora ,neste ano, 22 anos de emancipação.

De forma descontraída, os personagens, uma doce menina e o desbravador Dom Quixote provocavam nas crianças e adultos que acompanhavam a peça o pensar sobre a leitura. Em um dos questionamentos, os atores sugeriram ao público a manter relações de amizades pessoais e deixar o celular de lado. “A tecnologia, por vezes, aproxima quem está longe e afasta quem está perto”, disseram os atores.

O prefeito Hadair Ferrari se disse emocionado com a obra. Segundo ele, “ler sempre é bom, pois as pessoas adquirem conhecimento e ficam cada vez melhor. A criança tem que, primeiramente pelos pais, receber o incentivo, adquirir o gosto logo cedo pela leitura. Isso gera retornos, como um melhor cidadão, um bom profissional”, argumenta.

A professora do 5º ano da Escola Estadual José Pansera, Analice Paese, comenta sobre as dificuldades em cativar os alunos que estão entrando na fase da pré-adolescência. Ela explica que “é um ambiente de transformação. Eles estão buscando novos conhecimentos, um novo mundo, no qual querem se inserir, se identificar. Os livros para eles tem que ser pensado nisso, nessas escolhas, nas aventuras e transformação da vida”, observa.

A educadora também acrescenta que “a instituição procura fomentar o hábito de leitura nos pais, pois a partir deles os filhos serão leitores e consumidores de arte e cultura”. Analice ainda conclui que estende seus cuidados em casa ao contar histórias, comprar livros para as filhas Ana Luiza, 9 anos, e Maria Antônia, 2 anos.

O estudante do segundo ano da Escola José Pansera, Nicolas Pagno, 7 anos, comentava animado com o colega Miguel Marquetto, 6 anos, sobre a peça e a Feira. “Tu viu ele com a espada? Eu também quero uma”, disse ele sobre uma das alegorias do ator. O menino ainda complemento, “vou trazer meus pais. Vou comprar um montão de livros”.