Dr. João Batista Pianca – 1924 – 1928.

                A crescente prosperidade do Município tem sua base na policultura. O solo é fértil. Nele cultivam-se, com vantagens, várias castas de parreiras, milho, trigo, feijão, batata, arroz, aveia, cevada, centeio, lentilha, linho, laranjeiras, nogueiras, amendoeiras, castanheiras, figueiras, macieiras, pereiras, nespereiras, enfim, quase todas as plantas das regiões temperadas. Entretanto, deve ser feita especial menção ao trigo e à parreira, cujos cultivos ocupam o maior de seus cuidados. Esses produtos constituem uma apreciável fonte de riqueza e economia, concorrendo para o progresso e o desenvolvimento do município. Quem percorria o município na estação própria, não podia deixar de contemplar os contínuos trigais que douravam as encostas íngremes da nossa serra em acentuado contraste com o verde dos extensos parreirais.

                O vinho, como valor produtivo, figura em primeiro lugar. Vem em seguida o trigo e os produtos suínos e lacticínios e seus derivados: banha, queijo, salame, etc. Inúmeras fábricas de queijo tipo “parmesão,” bem como salames, cuja produção é quase toda exportada.

                O comércio bem como as indústrias acha-se em fase de progresso; existem em todo o município 24 estabelecimentos comerciais e 231 indústrias, destas as mais importantes são as Vinícolas.

                Ao iniciar a administração, o município possuía 36 aulas (escolas), sendo 30 subvencionadas pelo Estado e 6 Municipais. Na administração do Dr. Pianca foram criadas 21 aulas Municipais; ao todo 57 aulas. Na sua administração procurou melhorar a instrução pública, quer no seu aspecto higiênico, quer na educação.

                Na parte educativa procurou-se melhorar o preparo dos professores, criando por “Acto nº 6”, de 20 de novembro de 1924, o curso de aperfeiçoamento, onde os professores municipais fazem, anualmente, um estágio de um mês e meio a dois. Os resultados obtidos têm sido os mais satisfatórios. O curso foi confiado ao professor Ângelo Roman Ross, diretor do Colégio Elementar desta Vila de Bento Gonçalves, que era auxiliado por outros professores do mesmo estabelecimento. Em todas as aulas (escolas) foram fornecidos mapas do Rio Grande do Sul e do Brasil e um exemplar do programa de ensino organizado e aprovado por “Acto” de 16 de setembro de 1925.

                Procurando despertar o sentimento cívico, foram colocadas, com solenidades, em todas as aulas, estampadas da Bandeira Nacional (Quadro) recomendando-se aos professores as solenidades às vésperas das nossas datas nacionais bem como o canto do Hino Nacional.

                O número de alunos matriculados nas 57 aulas do município no ano de 1926 foi de 2.058 alunos.

                Você imaginou o quanto cresceu o nosso Município nos últimos 96 anos? Você seria capaz de “transpor” um quadro do que era em 1926, com o que somos hoje???

– VOCÊ CONHECE A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO NOSSO MUNICÍPIO???