Giuseppe Fasolo nasceu em 24 de dezembro de 1845, em São Fedêncio, Villaganzarla, Província de Vicenza, ITÁLIA.- Casou com Tereza Zanella, nascida em 24 de junho de 1846.

Giuseppe Fasolo resolveu deixar, no início, sua família em Vicenza e veio para América. Chegou ao Brasil com destino a São Paulo, mas não se adaptou e seguiu à Porto Alegre. Alguém o aconselhou ir até Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves) onde já estavam muitos imigrantes italianos, e seria bem mais fácil se adaptar a “Nova Terra”.

Por sugestão de alguém, Giuseppe vem à Dona Isabel, à procura de José Bonatto, a quem não conhecia pessoalmente, mas que também imigrara da Itália, e por sinal da mesma região.

Era uma manhã de domingo. Diante da igreja um grupo de pessoas conversavam. Giuseppe se dirige ao grupo e pergunta:

– Alguém aqui conhece o José Bonatto?

E um dos presentes responde:

– Sou eu!

Esta feliz coincidência, abriu para Giuseppe uma boa perspectiva para um começo de vida no novo lugar.

Giuseppe trazia noticias recentes da saudosa Itália,e após saudações e apresentações tudo num clima de grande alegria, foi convidado por José Bonatto a acompanhá-lo até sua residência.

Bonatto morava a meio caminho entre o centro (hoje) da cidade e o bairro São Roque, nas proximidades onde hoje se localiza a FERVI (CARVI). No trajeto este ia explicando quem eram os moradores das casas.

Esta aqui é a casa do JOSÉ GIOVANINI, e naquela mora o JOSÉ CARON.

Ao ouvir este nome, Giuseppe exclamou:

– José Caron? Mas como? Ele saiu da Itália com o destino à Argentina! Ele é meu primo!

Diante disso, resolveram visitar o José Caron, que, depois da primeira surpresae da grande alegria pelo encontro em circunstancias tão curiosas, convidou Giuseppe, que ficasse com ele naquele dia, mas Bonatto, alegando que ele o tinha encontardo primeiro, acabou por levá-lo junto para sua casa, onde passaram a noite inteira conversando. A iluminação era luz de candieiro… LUMIM.

Giuseppe era sapateiro de profissão, e andava praticamente com as formas dos sapatos às costas. Apesar do que, durante a travessia do oceano, “defendeu-se” trabalhando como barbeiro, à bordo do vapor.

Giuseppe era um homem ativo e trabalhador. No dia seguinte a sua chegada, por indicação e aval de Jose Caron, obteve um crédito de 20.000 réis, no estabelecimento comercial de Francisco Baldi. Com esse crédito, Giuseppe comprou material para fazer sapatos (segundo indicação de José Zortéa, sapateiro, naquela época, não só consertavam sapatos, como também confeccionavam). Durante a semana foram produzidos 6 pares de sapatos, costurados à mão e com pregos de madeira.

Pediu ao Antônio, filho do seu primo José Caron, para que fosse vende-los no domingoem frente a igreja. Realmente, naquele domingo, foram vendidos 5 pares a 5.000 réis, cada um, o que somava a quantia de 25.000 réis. Com isto liquidou o seu débito para com Baldi, e ainda ficou com um “capital de giro”.

Trabalhado, negociante e ativo como era, tratou logo de adquirir um terreno e ter sua própria empresa.

Em 1891, chegou da Itália a SUS esposa Tereza Zanella com os filhos: Guilerme (guglielmo) com 17 anos, Ferrucio com 12 anos, Amália com 9 anos e Geraldo com 6 anos, viajando à bordo do navio “Nord América”. Com o feliz reencontro, com a família reunida, Giuseppe prossegue a sua atividade de sapateiro.

Giuseppe e Tereza tiveram 5 filhos, todos nascidos na Itália. Sendo que o Ricardo faleceu na Itália, aos 13 anos. Ao Brasil vieram Guilerme, casado com Lúcia Caron. Ferrucio, com Rosa Frare. Amália com Batista Caron e Geraldo com Angelina Arioli.

Giuseppe transmitiu a seus filhos, não só a vontade de trabalhar mas também a alegria de viver. Ao falecer em 1928, com 83 anos, viu sua família no seu entorno, 29 netos e muitas promessas mais…de contrbuir para a construção de um mundo digno na “NOVA TERRA.”

“A FASOLO FOI GRANDE COLABORADORA DO PREGRESSO DO NOSSO MUNICÍPIO.”