O Governo Federal anunciou, na sexta-feira, 31 de março, que não vai mais financiar as unidades próprias do programa Farmácia Popular. Em reunião com representantes do Ministério da Saúde e secretários estaduais e municipais da área, ficou decidido que as unidades não mais receberão verbas da União a partir de maio. Caso os municípios optem pela manutenção das unidades, deverão arcar com os custos, o que aponta para o fechamento da maioria. Com isso, serão mantidas apenas as redes de farmácias particulares credenciadas, o braço do programa batizado de “Aqui tem Farmácia Popular”.

Em todo o país, há 393 unidades próprias da Farmácia Popular, 28 delas no Rio Grande do Sul. A outra parte do dinheiro para manter os locais, na grande maioria, era garantida pelos municípios. Segundo o Ministério da Saúde, as farmácias poderão seguir funcionando se os municípios assumirem os custos.

O modelo de unidade própria foi o primeiro lançado dentro do programa Farmácia Popular. Nesse formato, prefeituras ou estados mantinham uma farmácia (que deveria atender exigências específicas ) onde eram colocados à venda 112 medicamentos para tratar hipertensão, diabetes, úlcera gástrica, depressão, asma, infecções e verminoses, enxaqueca, queimaduras e inflamações, por exemplo, além dos anticoncepcionais. Os consumidores pagavam o equivalente a 10% do preço dos remédios, mediante a apresentação da receita.

A decisão de fechar as farmácias vai atingir especialmente os idosos. Nessa faixa etária a incidência de doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes, é bem mais comum. Entretanto, a Prefeitura de Bento garante que o município não será atingido, pois não possui uma unidade de Farmácia Popular.

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