Embora o volume das exportações de vinhos finos tenha crescido 140% em dois anos, o montante de negócios ainda é um desafio para o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Projeto Wines of Brazil. O setor movimentou cerca de U$ 3,7 mi em 2016 e, se somado ao mercado do suco de uva, U$ 7,7 mi, o que representa 55% do total de exportações e um crescimento de 47% em relação a 2015.

De acordo com o gerente de promoção dos mercados interno e externo do Ibravin, Diego Bertolini, apesar de o valor percentual das exportações ser alto, o montante negociado ainda é baixo. “Mas é importante a gente avaliar que houve uma retomada de crescimento do volume em 2016”, analisa.

O cenário de recuperação, de acordo com Bertolini, vem após um ano de crescimento tímido e da bonança decorrente da visibilidade do Brasil no mercado externo, em 2014. “Teve a Copa do Mundo e o anúncio das Olimpíadas. Nós tivemos nosso maior volume de exportações naquele ano, com U$ 8 mi”, afirma.

Nas gôndolas

O desafio do setor é posicionar o vinho brasileiro entre os produtos com alto valor agregado na Europa e em outros mercados consumidores. Segudo Bertolini, o país não é competitivo na categoria vinho a granel, uma vez que a Argentina e o Chile têm um custo menor e produção maior. “Nós buscamos p0sicionar o vinho e o espumante brasileiros de forma que custem acima de U$ 10 ou EUR 8 para o consumidor, na ponta”, relata.

Na avaliação do diretor, os clientes estão fazendo uma recompra do vinho brasileiro. “Os países estão muito abertos ao nosso produto e nosso foco são produtos de média e alta gama. Só os espumantes brasileiros já tem mais de 1500 medalhas internacionais”, ressalta. O projeto Wines of Brazil representa cerca de 95% do mercado exterior dos vinhos nacionais. Os principais consumidores são Reino Unido, Estados Unidos, China, Paraguai, Holanda e Colômbia.

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