Os estudos científicos mais recentes têm focado no rastreamento precoce das principais patologias que afetam a gestante e o feto, dentre estas, destacam-se a pré-eclâmpsia, o trabalho de parto prematuro e a síndrome de Down. Alguns exames podem ser realizados pelas mamães com intuito de diagnosticar o mais cedo possível estas condições e para que tenham uma gestação mais tranquila.

O Exame do DNA fetal na circulação materna, por exemplo, é realizado através de uma simples coleta do sangue materno a partir da 10ª semana de gestação e fornece o risco de o feto apresentar síndrome de Down com uma alta taxa de detecção. Ainda, a avaliação do risco de pré-eclâmpsia pode ser realizada entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação durante a ecografia morfológica do 1º trimestre, através do estudo do fluxo sanguíneo materno e características físicas da mãe.

Quando este risco estiver aumentado, há uma medicação que pode reduzir a incidência desta doença nos próximos meses da gestação. Além disso, durante a ecografia morfológica do 2º trimestre, realizada entre a 20ª e a 24ª semanas de gestação, considera-se, atualmente, imprescindível a realização da medida do colo uterino, preferencialmente pela via transvaginal, para avaliação do risco do parto prematuro, que é quando o bebê nasce espontaneamente antes da 37ª semana de gestação. Para aquelas gestantes que apresentarem o colo curto, será oferecido o uso de medicação específica que pode reduzir significativamente este risco.

Além destes, os exames de ultrassom são ferramentas fundamentais para o acompanhamento da gestação, e, em especial, as ecografias morfológicas que devem ser realizadas por profissional atualizado e dedicado ao estudo das patologias materno-fetais, pois o avanço científico é constante e toda informação pode contribuir para uma gestação saudável. Para isso, existem as ecografias 3D/4D, que se diferenciam dos exames simples (2D) pela possibilidade de aquisição de imagens em 3 dimensões de maneira estática (3D) ou em movimento (4D), ou seja, para o olho da mãe é mais fácil de reconhecer as estruturas do bebê com este tipo de imagem. Além disso, esta imagem é importante para melhor caracterizarmos eventuais malformações uterinas, miomas, cistos e problemas que o bebê possa apresentar.

Idealmente, a primeira ecografia deve ser realizada antes da 11ª semana de gestação com a finalidade de definirmos, com menor margem de erro, a idade em que a gestação se encontra, pois é a partir desta data calculada que todos os próximos eventos da gestação serão agendados, como exames de sangue, ecografias e até mesmo o parto. Neste exame, avaliamos o comprimento do bebê, a frequência do seu batimento cardíaco e todo o ambiente ao seu redor. Estas informações nos ajudam a definir como está indo a gestação neste início.

Dr. Gustavo Feijó Vieira