Há 28 anos, a EMEF Professora Maria Borges Frota iniciou como um Centro Integral, por isso é chamada de CAIC até os dias atuais. O colégio abriga 980 alunos da Zona Norte da cidade, atendendo em seu zoneamento até cinco bairros

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Borges Frota, conhecida como CAIC, localizada no bairro Zatt desde 1996, recebe alunos do Jardim de Infância ao Ensino Fundamental. Jaqueline Bondado, 39 anos, a atual diretora, diz que a escola acolhe moradores do Ouro Verde, Zatt, Bertolini, São Roque e Universitário. Ao todo, 980 alunos frequentam o espaço, com horário integral para as turmas do Jardim de Infância. O número elevado de alunos vem desde o início de sua fundação, com algumas quedas, mas em 2023 voltou a aumentar.
Jaqueline explica o início da escola. “É uma das mais jovens no município. Começou como um anexo do Ouro Verde e, depois, quando foi concluída, passou a funcionar integralmente. No começo oferecíamos turno integral com diversas atividades, mas encerramos por causa da crescente demanda. Embora sempre tivéssemos muitos alunos, houve uma redução ao longo do tempo. Em 2023, voltamos a ter um número expressivo devido à inclusão das turmas de Educação Infantil”, afirmou.

A diretora Jaqueline Bondado afirma que apesar das dificuldades, alunos em situação de vulnerabilidade social têm demonstrado bastante evolução

A diretora destaca que os 980 alunos estão divididos entre o Jardim, os anos iniciais e o Fundamental, e recebe estudantes de até cinco bairros. “Atendemos o Zatt, Ouro Verde, Bertolini, além de demandas do São Roque, e até mesmo alunos do Universitário, pois nas outras escolas não há vagas nos anos subsequentes, e acabamos acolhendo esses alunos”, aponta.

Ela compreende a importância de manter o local que abriga tantas crianças, em bom estado, pois o espaço é grande. “É um prédio jovem, mas espaçoso, com ótima estrutura, incluindo ginásio, quadra aberta e laboratório. Por ser uma estrutura ampla, exige mais cuidados. Ao longo dos anos, temos melhorado as instalações”, diz, e acrescenta que “em 2023, uma parceria com a prefeitura e a secretaria da educação possibilitou melhorias, como equipamentos para a parte pedagógica e eletrodomésticos para a cozinha e refeitório”, contou.

Além disso, a escola busca atender aos alunos em suas mais diversas dificuldades e, ao longo do tempo, observa os resultados desse cuidado. “Eles vêm progredindo. Temos inúmeras vulnerabilidades, alguns enfrentam dificuldades tecnológicas e de acesso. Precisamos orientá-los para novos conhecimentos, ajudando a superar os problemas e percebendo evolução na aprendizagem”, analisa.

Com 980 alunos, EMEF Professora Maria Borges Frota atende até cinco bairros da Zona Norte

Jaqueline salienta o necessário para alcançar resultados positivos. “Estabelecemos várias etapas e metas, a curto e longo prazo. Para este ano, já observamos uma melhora significativa na participação e utilização dos materiais fornecidos pela prefeitura, contribuindo para esse progresso”, menciona.

Ao longo dos anos trabalhando no CAIC, Jaqueline compreende que muitos alunos são de famílias que necessitam de mais ajuda. Contudo, com o apoio da comunidade escolar e do bairro, os problemas são minimizados. “Algumas famílias enfrentam situações de vulnerabilidade. Posteriormente, recuperam-se, e notamos que, tanto dentro do grupo de professores e funcionários quanto na comunidade, há uma parceria importante, onde todos se apoiam mutuamente. Conhecemos moradores que realizam atividades sociais no bairro, e quando identificamos uma família necessitada, a encaminhamos”, assegura.

Mesmo com dificuldades, a diretora nota que os pais são presentes quando conseguem, e a escola entende a demanda de cada um. “É uma comunidade de trabalhadores. Por isso, a demanda de crianças em turno integral, pois a maioria dos pais trabalham e se preocupam com seus filhos. Sempre que possível, adequamos nossos horários para serem mais flexíveis e atender a esses pais. Se queremos tê-los aqui dentro, precisamos proporcionar esses momentos”, finaliza.

Dentre as reformas, estão a pintura da escola, troca de piso e colocação de forro de cerâmica nas paredes. “O poder público ajudou com material. Mandamos fazer os armários e balcões novos. A prefeitura nos forneceu equipamentos, fortalecendo a parceria que contribui para o desenvolvimento. Estamos reformando os banheiros dos meninos, mas, devido ao grande uso, sempre há necessidade de obras”, destaca.