Estudantes da educação infantil, em 2012, fizeram livros contando sobre seus sonhos para o futuro. Nesta semana eles puderam ver os desejos passados e relembrar a infância

Em 2012, na Escola Ângelo Salton, localizada no distrito de Tuiuty, alunos da educação infantil fizeram um livro falando sobre si, desejos, sonhos e metas. Os trabalhos foram guardados em uma cápsula do tempo que, na época, também foi confeccionada pela turma e enterrada no terreno do educandário. O objetivo da atividade era abrir a cápsula apenas em 2021, quando os alunos estariam no 9º ano.

Na quarta-feira, 27, os alunos puderam relembrar dos seus sonhos e desejos em uma época diferente, e viajaram nove anos atrás. A professora Jamiele Flamia, que hoje não trabalha mais no local foi quem teve a ideia e pôde participar do momento. “Nesta época as crianças construíram o livrinho com a intenção de se trabalhar a identidade de cada um, destacando gostos e preferências. Muitas tinham sonhos relacionados com os interesses de acordo com o presente momento, relacionados com brincadeiras ou até mesmo influenciados pelas vivências na família. Essa atividade teve muita importância. Ao abrir a cápsula e reler seu livro, elas puderam repensar em como devem ser gratos pela vida e perceber que os sonhos também mudam com o passar de tempo e que os mesmos podem impulsionar para o crescimento pessoal de cada um. Relembrar e resgatar algumas memórias e pessoas foi muito prazeroso”, conta.

Em 2012, no dia em que os alunos enterraram a cápsula
Em 2021, refazendo a foto de nove anos antes

A diretora do educandário, Simone Balssanello, conta que também era professora da escola na época e pensou quantas mudanças já existiriam em 2021. “Vendo a expectativa e ansiedade em ver o que haviam escrito naquela época foi emocionante. Eles riam e ficavam encantados em ver como eram. Esse momento foi importante para resgatar a alegria nesse tempo de pandemia e repensar o futuro”, destaca.

Simone explica que desde a infância é importante os pequenos terem sonhos e fazerem planos. “É um preparo para o futuro, pra terem objetivo de vida e lutar para conquistar o que desejam. Observando os sonhos de criança e de adolescente percebemos que eles começam a se dar conta de que alguns desejos demandam mais tempo para realizar”, relata.

Na escola não existe mais educação infantil, mas há quatro anos, fizemos uma atividade que vai ter ainda mais intensidade. “Temos uma turma de 2017 que fez a sua projeção para daqui a 20 anos”, salienta.

Fotos: Divulgação