Instituições de transportes avaliam a entrega do trevo na ERS-470, na intersecção com a ERS-453, como algo positivo, mas consideram que o ideal para o local seria um viaduto. A obra começou a aproximadamente dois anos e sempre esteve na agenda da região como prioridade.
A expectativa das entidades é que o trânsito melhore no local, apesar de apontarem que muito ainda precisa ser feito nas rodovias da Serra Gaúcha. Além disso, é consenso entre as instituições de que o estado de conservação das rodovias encarece o preço do transporte de mercadorias.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística (Sindibento), Cleimar Sfredo, era necessário modificações no lugar, sobretudo para os horários de intensidade no movimento, como de manhã cedo e de noite. “A elevada seria mais rápida e mais segura. Eu acho que isso aí vai demorar bastante, para o tráfego fluir”, comenta.
Sfredo comenta que demorou para sair a obra e que agora tem que dar parabéns para quem executou. “Nós temos que ficar de olho, testar como vai ser”, observa. No geral, ele aponta que é já é possível perceber um trânsito mais tranquilo.
Sobre o impacto na logística, o presidente aponta que aumenta a possibilidade de os caminhões cumprirem os horários estabelecidos para a chegada. “Vai fluir mais rápido e vai ser melhor. Mas o restante das rodovias ainda deixa a desejar, tem muita coisa a ser feita”, ressalta. Como pontos essenciais, Sfredo cita o recapeamento de alguns trechos que estão com problema.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Logística e Transporte (Sinditrans), Fernando Parisotto, a morosidade na entrega demonstra deficiência no Poder Público.”Nós enxergamos com bons olhos a conclusão dessa obra, que proporcionará maior fluidez e segurança aos motoristas que passam diariamente pelo local”, avalia.
Embora Parisotto considere que o trecho ficou adequado para o tráfego, ele entende que o ideal seria a construção de uma viaduto.
Além disso, ele acredita que a prioridade para a região, no que cabe às estradas, deve ser a conservação das rodovias. “É de conhecimento geral que a má conservação é um fator que contribui excessivamente para o encarecimento do custo do transporte rodoviário de cargas no estado”, pontua. Parisotto coloca que a questão impacta diretamente no preço de alimentos e produtos.
Na opinião do presidente da Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG), Rudimar Benini, a obra não ficou a contento, uma vez que a ideia inicial era a construção de um viaduto. “Mesmo assim vai melhorar muito, vai solucionar um monte de problemas, de acidentes de toda a hora”, ressalta.
Além disso, de acordo com Benini, em dias de chuva, neblina ou problemas climáticos, as condições do trecho vão facilitar a vida dos motoristas. “O trabalho deles ficou muito bom”, aponta.
Ele observa que a maioria dos associados da AMG utiliza pouco as rodovias da região, visto que trabalham em outros estados. “Mesmo com a situação financeira do Rio Grande do Sul, o que a gente ouve falar é que o pessoal está se empenhando em melhorar as estradas”, comenta.
Ainda de acordo com ele, algumas rodovias precisam melhorar, como, por exemplo, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, bem como entre Garibaldi e Farroupilha. “Sempre é necessário melhorar, nem que seja um pouco”, comenta.