Mais Bento no Conselhão
Criado há quase dois anos e sem gozar de unanimidade no estado sobre sua utilidade, o Conselhão do governo de Tarso Genro só volta a se reunir em março, mas já se sabe que terá novidades. Entre elas, a presença mais forte da Serra Gaúcha, que passará a contar com sete representantes de um total de 90 – três deles diretamente ligados a Bento. Ainda que o número seja pequeno em relação à influência política e econômica da região, a qualidade dos conselheiros se sobressai. Entre os novatos, estão José Carlos Stefenon, presidente da Asbrasuco e empresário ligado ao setor vitivinícola (leia-se Tecnovin e Suvalan) e Orildes Maria Loticci,  presidente do SEC-BG e representante da União Geral dos Trabalhadores. Eles se unem ao presidente da Movergs, Ivo Cansan, como os representantes de Bento no Conselhão. Da Serra, ainda estão Carlos Paviani, diretor executivo do Ibravin, os empresários do setor metalmecânico de Caxias Osvaldo Voges e José Antônio Martins, o presidente da seção gaúcha da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Guiomar Vidor, a sindicalista Josecarla Signor, de Farroupilha, e Walter Fabro, também de Farroupilha. Com mandato de dois anos, eles terão a missão de dar credibilidade a um órgão criado sob inspiração do governo Lula e de caráter consultivo do governador gaúcho. Uma das primeiras tarefas do ano será conduzir as audiências públicas que vão debater o futuro modelo de concessão das rodovias gaúchas pedagiadas – missão que já gera atritos com a Assembleia Legislativa.

De novo o Crema
Depois de amargar um novo erro na construção do edital do Crema, o que inviabilizou a promessa de envio à Central de Licitações na semana passada, a intenção do governo gaúcho era publicar o edital no Diário Oficial do Estado ainda nesta semana ou, pelo menos, até o início da próxima semana. A repercussão negativa dos sucessivos entraves na publicação do edital parece ter esgotado a paciência do governador, que exigiu resposta rápida. Se isso acontecer, a recuperação das rodovias RS-122, RS-453, RS-470 e RS-324 pode começar ainda no primeiro semestre, mas não dá para apostar todas as fichas, certo? Há quem diga que tamanhos erros não são obras do acaso, mas seriam um boicote de servidores do Daer ao governo, que reduz a autonomia da autarquia, cria uma empresa para gerenciar as rodovias e não poupa críticas ao órgão. Inacreditável.

Otimismo nos parreirais
A anunciada redução de 10% na safra de uva deste ano pode evitar um dos problemas que mais tiram o sono dos vitivinicultores: os altos estoques de vinho, o que poderia dificultar o recebimento da produção. Na avaliação desta semana, a ameaça foi descartada, e o otimismo parece que poderá voltar aos parreirais. Tudo porque a expectativa é de uma safra de alta qualidade. Aliado a isso, o setor comemora a assinatura do acordo setorial em dezembro, o aumento de 30% para 50% de suco de uva natural na bebidas designadas como néctar, além de políticas públicas aplicadas no ano passado para auxiliar na redução dos estoques.

Para voltar a crescer
Se o desempenho da indústria de Bento em 2012 não lá tão foi positivo, este ano será de retomada. Pelo menos é o que projetam as principais autoridades do setor por aqui. Há vagas de trabalho em diversos setores e há investimentos em maquinário e em expansão, ainda que em ritmo mais lento que o projetado. Um termômetro para conferir se as previsões serão acertadas será a Fimma Brasil. A expectativa de uma boa safra agrícola e a manutenção da atual cotação do dólar, aliados aos pacotes do governo, devem fazer a economia voltar a acelerar, gerando oportunidades de emprego e renda.

Os pedágios e as audiências
Por falar em pedágios, está confirmada para o dia 5 de abril em Caxias do Sul a realização da audiência pública para debater o novo modelo a ser adotado pelo estado, já que as atuais concessões terminam entre março e junho deste ano. Na praça de pedágio em Farroupilha, o término será no dia 16 de abril. Ainda não se sabe o que acontecerá com as praças – e com as estradas sucateadas – no período de transição. A preocupação já toma conta de autoridades e motoristas. Em março, já teremos uma prévia do que poderá acontecer, com o término do contrato do pólo de Carazinho, previsto para o dia 6. Um dia antes, o Conselhão abre a série de audiências para debater o tema naquela cidade. A série encerra dia 14 de maio, em Vacaria.

Energia mais barata
A expectativa do setor produtivo serrano com a redução na conta de energia elétrica anunciada esta semana pela presidente Dilma Rousseff é que a medida já possa surtir efeitos a partir da próxima conta. Ninguém arrisca um palpite sobre qual o tamanho do impacto que a redução da tarifa terá na indústria e no comércio, mas o certo é que a baixa no custo deve repercutir positivamente (para uma empresa do ramo metalúrgico, por exemplo, a conta da luz pode significar até 20% dos custos de produção, enquanto a média no comércio é que este custo não passe de 2% do faturamento). Mas as reivindicações serranas não devem parar por aí. O preço da energia elétrica está na pauta das associações de empresários porque a região paga a tarifa mais cara do estado e uma das maiores do país. Agora, a região pretende abrir negociações com a RGE para estudar um novo modelo de cobrança. Enquanto isso, a região comemora uma anunciada redução de 22% nas tarifas da concessionária.

Ponto
O escritório de advocacia Dupont Spiller, que possui uma unidade em Bento, figura entre os 500 escritórios mais admirados do Brasil, de acordo com a edição 2012 da Análise Advocacia, referência nacional no mercado jurídico.

A Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) realizará em Bento entre 17 a 23 de novembro de 2013, seu XX Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos.

O Simpósio da ABRH pretende ser o espaço de discussão e promoção de novos conhecimentos na busca de melhores soluções para os recursos hídricos neste mundo em mudança.

Maria Alice Farina assume na próxima semana a presidência do Bento Convention Bureau, substituindo Gilberto Durante, que se afastou no início do ano para assumir a secretaria de Turismo.

A intenção da nova presidente, que fica no comando da entidade até agosto deste ano, é seguir investindo na captação de eventos.
O ingresso do narrador Galvão Bueno como sócio da Miolo, divulgado esta semana, deverá significar um importante incremento nos negócios da empresa.

A ideia é que o grupo passe a faturar quase três vezes mais do que hoje. Atualmente, a vinícola contabiliza pouco menos de R$ 130 milhões anuais, e a intenção é que, até 2020, esse número esteja bem perto dos R$ 500 milhões.

As previsões da Movergs apontam para um crescimento líquido de 3% para o setor moveleiro nacional este ano. É que, mesmo com a retomada das vendas ao exterior e a manutenção do mercado interno aquecido, as previsões de aumento no preço dos insumos e matérias primas e a esperada alta da inflação devem segurar a expansão.